Cerveja

Backer abre mão de exclusividade, e franqueados passam a vender Heineken

Ao contrário das franquias, que têm buscado alternativas para manter o funcionamento, os quiosques que pertencem à própria Backer estão fechados

Por Queila Ariadne e Rafaela Mansur
Publicado em 21 de janeiro de 2020 | 21:27
 
 
 
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Para salvar o negócio, franqueados e parceiros da Backer conseguiram autorização para quebrar o contrato de exclusividade e vender outras cervejas.

No quiosque no Shopping Del Rey, até a identidade visual já foi mudada, ganhando novas cores, como os tons de verde predominantes da Heineken, um dos novos rótulos. Inclusive um letreiro da empresa foi colocado em um barril. Stella Artois e Amstel também estão entre os rótulos substitutos.

No Butiquim do Antônio, no Mercado Central, a nova marca é a Krug Bier. “Trabalho com a Backer há 19 anos e só vendia os produtos da empresa. Não tenho interesse em deixar essa parceria, mas não posso deixar de trabalhar. Então, conversei com eles, que me deram o aval para vender outra marca até tudo ser esclarecido”, conta o dono Alessandro Neves. Segundo ele, a clientela está aprovando a escolha. Por via das dúvidas, o estabelecimento retirou a placa da Backer.

“Como estão sem produtos, os pontos estão procurando outras cervejarias. E nós estamos atendendo”, afirma o sócio da Krug Bier, Alexandre Bruzzi.

No bar do aeroporto de Confins, a Backer foi trocada por várias cervejas como Kaiser, Original e Heineken. Essa última tem protagonizado boatos de que estaria interessada em comprar os quiosques da Backer. Por nota, a Heineken diz que não tem interesse em assumir as operações da empresa. Sobre o fornecimento, destaca que os bares têm liberdade para definir o portfólio.

Segundo o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (SindBebidas-MG), Marco Falcone, a substituição é uma tendência. “O mercado precisa ser abastecido e alguns parceiros estão buscando outras cervejas”, destaca. Segundo a Backer, a permissão é para vender marcas parceiras.

Resposta

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Cervejaria Backer informou que a empresa não foi vendida. "A Backer afirma que, em seus dois restaurantes, vende apenas marcas parceiras", disse, em nota.

Já a Heineken disse que não procedem as especulações sobre a possível compra da Backer ou sobre o interesse em assumir a operação comercial da empresa. "A operação dos referidos bares é realizada por terceiros independentes que, portanto, possuem liberdade para definir o portfólio comercializado em seus estabelecimentos", diz a nota.

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