Em uma liminar expedida nesta quinta-feira (16) pela Justiça Federal da 1ª Região, consta que a Cervejaria Backer apresentou um vídeo que mostra uma possível fraude nos barris de monoetilenoglicol adquiridos junto ao seu fornecedor.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), inclusive, cumpriu mandados de busca e apreensão na fabricante de produtos químicos, que fica em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
Entretanto, a Justiça vai atribuir ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a análise dessa possível prova. "Todavia, não cabe a análise dessa questão na via estreita do mandado de segurança, mormente porque a presente impetração dirige-se contra ato coator específico, atribuído aos representantes do Ministério da Agricultura", diz o documento.
Hipóteses
Dentre as três hipóteses levantadas pelo Mapa para a contaminação das cervejas da Backer pelo composto dietilenoglicol, uma fraude está entre as suspeitas. As outras são vazamento e uso inadequado das moléculas de monoetilenoglicol no processo de refrigeração do sistema.
Ainda nesta quinta-feira, prestaram depoimento na capital mineira um ex-funcionário da empresa fornecedora de monoetilenoglicol a Backer e um ex-funcionário da própria cervejeira. Este último foi demitido em dezembro de 2019 e teria ameaçado a empresa.