Monoetilenoglicol

Backer apresenta à Justiça vídeo de suposta fraude de fornecedor de produto

Prova deverá ser analisada pelo Ministério da Agricultura, que constatou a contaminação de todas as cervejas da empresa analisada até agora

Por Gabriel Moraes
Publicado em 16 de janeiro de 2020 | 21:23
 
 
 
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Em uma liminar expedida nesta quinta-feira (16) pela Justiça Federal da 1ª Região, consta que a Cervejaria Backer apresentou um vídeo que mostra uma possível fraude nos barris de monoetilenoglicol adquiridos junto ao seu fornecedor.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), inclusive, cumpriu mandados de busca e apreensão na fabricante de produtos químicos, que fica em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Entretanto, a Justiça vai atribuir ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a análise dessa possível prova. "Todavia, não cabe a análise dessa questão na via estreita do mandado de segurança, mormente porque a presente impetração dirige-se contra ato coator específico, atribuído aos representantes do Ministério da Agricultura", diz o documento.

Hipóteses

Dentre as três hipóteses levantadas pelo Mapa para a contaminação das cervejas da Backer pelo composto dietilenoglicol, uma fraude está entre as suspeitas. As outras são vazamento e uso inadequado das moléculas de monoetilenoglicol no processo de refrigeração do sistema.

Ainda nesta quinta-feira, prestaram depoimento na capital mineira um ex-funcionário da empresa fornecedora de monoetilenoglicol a Backer e um ex-funcionário da própria cervejeira. Este último foi demitido em dezembro de 2019 e teria ameaçado a empresa.

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