Crise Prisional

Bandidos ameaçam 'rio de sangue' se governo de MG não atendê-los

Eles reclamam de maus-tratos de agentes penitenciários; criminosos queimaram ônibus nessa madrugada em Betim

Por Luiz Fernando Motta
Publicado em 19 de dezembro de 2018 | 09:33
 
 
 
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Depois de queimarem um ônibus na Via Expressa, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, bandidos deixaram um bilhete assinado por detentos da penitenciária Nelson Hungria ameaçando fazer um "rio de sangue", em Minas Gerais, caso as condições dos presos não melhorem.

De acordo com o texto, os detentos têm sofrido maus-tratos dos agentes penitenciários. Além disso, os criminosos dizem que seus familiares têm sido vítimas "humilhação" quando estão nas filas de visitação.

Em um trecho do bilhete, eles exigem uma resposta do estado até segunda-feira (31). Caso contrário, eles ameaçam matar "qualquer agente da Nelson Hungria". "Covardia vai ser pago (sic) com covardia", escrevem na carta.

Além dos agentes, os alvos novamente devem ser os ônibus. Em outro trecho da carta, os criminosos pedem que a população não pegue ônibus a partir desta quinta-feira (20), pois novos ataques devem acontecer.

Nesta quarta-feira, a Justiça determinou que a visitação na penitenciária seja normalizada.

Resposta da Seap sobre o caso:

A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informa que as investigações criminais sobre o ocorrido ficam a cargo da Polícia Civil.

Cabe ressaltar que o canal para que denúncias de possíveis desvios de conduta de servidores públicos é a Ouvidoria Geral do Estado, que abriga em sua estrutura a Ouvidoria do Sistema Prisional, por meio do Disque-Ouvidoria 162. Todas as denúncias provenientes da Ouvidoria encaminhadas à Seap são devidamente apuradas nos termos da lei.

 

Leia a carta na íntegra:

 

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