No bairro Céu Azul

Bebê atropelado em BH caiu do colo da mãe, que ficou com pé preso em ônibus

O menino de 1 ano sofreu inúmeras fraturas no corpo após cair e ser atropelado, e não resistiu aos ferimentos

Por Lara Alves
Publicado em 25 de novembro de 2019 | 08:05
 
 
 
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Arrastada por alguns metros com um dos pés preso à porta de um ônibus da linha 608 – que liga o bairro Nova Pampulha à região de Venda Nova –, uma jovem de 20 anos perdeu o equilíbrio e deixou cair do colo seu filho, um bebê de apenas 1 ano. A criança foi atropelada pelo coletivo e acabou não resistindo às inúmeras fraturas sofridas. O acidente aconteceu na noite desse domingo (24), na rua Padre Paulo Rególio no bairro Céu Azul, na região de Venda Nova. 

O atropelamento ocorreu antes mesmo de o motorista perceber a mulher agarrada à porta. À polícia, o homem de 29 anos contou ter parado no ponto de ônibus para que os passageiros descessem, antes de arrancar o veículo ele teria conferido todos os três espelhos internos.

Segundos após dar a partida, ouviu gritos e pedidos de que parasse o ônibus. Quando conseguiu estacioná-lo, percebeu que o pé da mãe do bebê havia ficado preso à porta central do ônibus e, assim, ela foi arrastada ao longo de 40 metros até a parada total.

O homem entrou em estado de choque ao ver o corpo do bebê jogado sobre o chão. "Meu Deus, quê que eu fiz, pelo amor de Deus", disse aos gritos, como está registrado no depoimento de passageiros e pedestres aos policiais militares. Ele foi submetido a um teste de bafômetro, cujo resultado deu negativo, ouvido e liberado pela Polícia Civil.

Desespero

A jovem de 20 anos, mãe do bebê, esperou a parada completa do ônibus para descer do coletivo com o filho pela porta central. Quando já estava no último degrau, a sentiu fechar repentinamente sobre seu pé esquerdo. Ela foi arrastada por alguns metros na rua Padre Paulo Rególio e só conseguiu se soltar depois que o motorista entendeu os pedidos dos passageiros para que parasse o veículo. 

Segundo ela, logo após ter o pé preso, seu filho se desprendeu de seus braços e caiu no chão, sendo atropelado em seguida pelo ônibus. Ela sofreu escoriações nos pés, nos braços e no joelho direito, e precisou ser atendida por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O menino, por sua vez, sofreu inúmeras fraturas pelo frágil corpo e morreu ainda no lugar onde o atropelamento aconteceu. 

Passageiros do ônibus reforçaram os depoimentos da mãe do bebê e do motorista. Há a informação de uma pessoa não identificada que teria garantido a todos, após o acidente, que o responsável pelo atropelamento da criança seria um outro veículo, e não o coletivo. Uma testemunha, parada à rua no momento da tragédia, relatou ter visto o instante em que a mãe do menino conseguiu soltar seu pé da porta e correu em direção ao garoto, caído ao chão. 

Investigação

Após o acidente, o motorista seguiu para a Delegacia de Plantão do Detran, onde foi ouvido e liberado. Ele está à disposição da polícia para outros esclarecimentos. O caso será investigado por uma equipe da Divisão Especializada em Crimes de Trânsito, que já está a cargo dos primeiros levantamentos.

Atualizada às 10h36.

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