Belo Horizonte já registra sete casos de raiva em morcegos em 2023. A informação foi confirmada pela prefeitura da capital nesta sexta-feira (14 de julho). A circulação do vírus da raiva é mantida sob vigilância contínua pela Secretaria Municipal de Saúde.

Os casos foram notificados em cinco das nove regionais da capital. Segundo a PBH, são dois no Barreiro, dois na Centro-Sul, um na Nordeste, um na Norte e outro em Venda Nova. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que a circulação do vírus da raiva é mantida sob vigilância contínua. Conforme a administração pública, "sempre que é feito o recolhimento de algum animal com suspeita da doença são realizadas ações de prevenção e bloqueio vacinal para evitar novos casos em animais domésticos".

No município, não há registro de raiva em humanos desde 1984. Em Minas Gerais, uma pessoa morreu após contaminação pelo vírus em abril deste ano, conforme confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A morte foi confirmada em Mantena, no Leste de Minas. 

A vítima era um criador de gado de 60 anos que teria manuseado um um bezerro que apresentava comportamento atípico e salivação excessiva. Dias depois, o bezerro apresentou piora do quadro e foi tomada a decisão de sacrificá-lo e incinerá-lo. Tal decisão foi tomada no intuito de evitar possível disseminação da doença a outros animais.

O trabalhador, no entanto, não aventou a possibilidade de que poderia ser um quadro de raiva animal e deixou de procurar pelos serviços de saúde do município para profilaxia pós-exposição. 

Transmissão da raiva

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.

O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. Ele está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral. 

Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas. Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.

Vacinação 

Vacinar os cães e gatos é a principal forma de prevenir a raiva, doença fatal que não tem cura. Em Belo Horizonte, é possível imunizar gratuitamente os animais de estimação em cinco pontos da prefeitura durante todo o ano, nas regiões Leste, Oeste, Noroeste, Norte e Barreiro. Veja endereços:

  • Barreiro 

Centro de Esterilização de Cães e Gatos Barreiro (CECG-B). Avenida Antônio Praça Piedade, 68 - Bonsucesso
Telefone: 3246-2044.
Horário de funcionamento: das 7h às 16h

  • Leste 

Centro de Esterilização de Cães e Gatos Leste (CECG-L). Rua Antônio Olinto, 969 - Esplanada
Telefone: 3277-9052.
Horário de funcionamento: das 7h às 16h

  • Noroeste 

Centro de Esterilização de Cães e Gatos Noroeste (CECG-NO). Rua Frei Luiz de Souza, 292 - João Pinheiro
Telefone: 3277-8448.
Horário de funcionamento: das 7h às 16h

  • Norte 

Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Rua Edna Quintel, 173 - São Bernardo
Telefone: 98447-2941 / 98372-1785 / 98449-2165 / 3277-7411 / 3277-7413
Horário de funcionamento: das 8h às 17h

  • Oeste 

Centro de Esterilização de Cães e Gatos Oeste (CECG-O). Rua Alexandre Siqueira, 375 - Salgado Filho.
Telefone: 3277-7576.
Horário de funcionamento: das 7h às 16h

Cães devem ser levados em guias e gatos dentro de caixas de transporte.