Black Friday ainda leva aglomerações para ruas de Belo Horizonte neste sábado

Um dia depois da Black Friday, o cenário nas ruas do Centro de Belo Horizonte neste sábado (28) continua sendo de tumulto na porta de muitas lojas de e aglomerações. A chamada para o dia de desconto ainda está na porta de muitos estabelecimentos comerciais e é na busca pelo produto com preço mais baixo que uma multidão circulava de loja em loja nas ruas do centro da capital. O que não foi visto, no entanto, pela reportagem foi fiscalização por parte da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para evitar o aglomerado de pessoas.

Na fila para entrar em uma loja de eletrodomésticos na rua Curitiba, no centro de BH, a empresária Cecília Abrão, de 35 anos  foi comprar um ar-condicionado. Segundo ela, a opção por comprar em loja física ao invés da internet foi para evitar descumprimento na entrega do produto.

“Eu não estou confiando nos prazos da internet e vim buscar aqui mesmo (na loja). Está um pouco mais barato e vamos aproveitar para ver outras coisas que podem estar em promoção”, disse. Para Cecília, nem todos os produtos estão realmente com preços baixos, conforme anunciados por ocasião da Black Friday. “Somente os cosméticos mesmo estão mais em conta e vou comprar também”, disse.

A gerente de editora, Eliane Pereira, de 35 anos, também fazia compras em lojas no centro de Belo Horizonte neste sábado e não viu grandes vantagens nos preços anunciados como promocionais. Eliane diz que não se espantou com a quantidade de  pessoas nas ruas mesmo quando as aglomerações devem ser evitadas para conter a Covid-19.  “Faço compras sempre aos sábados e tem dias que as ruas aqui ficam mais cheias ainda. A geladeira mesmo que eu queria conferir se estava em promoção, não estava valendo a pena comprar”, comentou.

Em uma fila de clientes em frente a uma loja de departamentos na rua dos Carijós, também no centro de BH, a auxiliar de serviços gerais, Dirce Alves dos Santos, de 52 anos, estava em busca de um celular em promoção. Ela conta que na sexta-feira (27) também saiu em busca das promoções da Black Friday e que as aglomerações não a intimidam. “ Eu vim aqui comprar meu celular e amanhã vou à Feira Hippie. Não tenho medo do tumulto porque pego ônibus cheio todos os dias para trabalhar e perigo maior está lá (dentro do ônibus). Hoje está até mais vazio do que na sexta-feira”, ponderou a consumidora.

O fiscal da loja que Dirce esperava comprar o celular tentava conter a aglomeração de pessoas e verificava se todas estavam de máscaras. Outro fiscal de loja do outro lado da mesma rua também tentava conter o tumulto de pessoas que esperavam para comprar cosméticos no estabelecimento. Os fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental da PBH que deveriam atuar para o cumprimento dos protocolos sanitários contra Covid-19, entretanto, não foram vistos pela reportagem no sábado (28). 

Segundo a assessoria da PBH, as ações de fiscalização continuam acontecendo por causa desse período que antecede o Natal. 

Consciência coletiva ainda falta

Para a esteticista Andressa Cristina Dias, de 28 anos, o que falta é consciência entre as pessoas para evitar tumultos. “Vim comprar algumas coisas na promoção e levei produtos para meu trabalho e fraldas. O grande problema não é a quantidade de gente, mas as pessoas que se aglomeram. Muita gente não tem consciência”, disse.

Sexta-feira sem interdições

Segundo a PBH, na sexta-feira (27) os os fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental realizaram 247 vistorias a estabelecimentos comerciais em todas as regiões da cidade. Ainda segundo o órgão, em algumas lojas, pessoas estavam aguardando a abertura do estabelecimento e foram orientadas a organizarem filas com distanciamento de forma a respeitarem os protocolos sanitários.

A prefeitura informou ainda que depois da abertura dos comércios na sexta-feira (27), as lojas estavam fazendo controle de público, termômetro, protocolos e organização de filas e não foi necessário realizar nenhuma Interdição.

Domingo começa abertura de lojas 

O domingo (29) é o primeiro dos 3 domingos que os comércios de Belo Horizonte vão funcionar antes do Natal. Nos dias 13 e 20 de dezembro estabelecimentos comerciais também abrirão as portas. As atividades em caráter “excepcional” foram autorizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio do decreto 17.475, publicado na quinta-feira (26), no Diário Oficial do Município (DOM). Segundo o Executivo Municipal, a medida tem como objetivo evitar aglomerações nos centros comerciais, já que com mais possibilidades de dias para compras o fluxo de pessoas tende a diminuir, sobretudo aos sábados.

Nesses três domingos,  PBH autoriza a abertura de lojas de atacado e de varejo, centros de comércio e galerias, shopping centers, além de serviços de alimentação como bares e restaurantes. 

Confira o horário de funcionamento das atividades que estão autorizadas a abrir nos domingos (29/11, 13/12 e 20/12):

Artigos de bomboniere e semelhantes: 7h às 21h 
Artigos de iluminação: 11h às 19h 
Artigos de cama, mesa e banho: 11h às 19h 
Utensílios, móveis e equipamentos domésticos, exceto eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo: 11h às 19h 
Tecidos e armarinho: 11h às 19h 
Artigos de tapeçaria, cortinas e persianas: 11h às 19h
Produtos de limpeza e conservação: 11h às 19h
Artigos de papelaria, livraria e fotográficos Brinquedos e artigos recreativos: 11h às 19h
Bicicletas e triciclos, peças e acessórios : 11h às 19h
Cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal: 11h às 19h
Veículos automotores: 8h às 17h 
Peças e acessórios para veículos automotores: 8h às 17h
 Pneumáticos e câmaras-de-ar: 8h às 17h
Comércio atacadista da cadeia de comércio varejista da fase 1: 5h às 17h 
Cabeleireiros, manicure e pedicure: 7h às 21h 
Centros de comércio popular instituídos a qualquer tempo por Operações Urbanas visando a inclusão produtiva de camelôs, desde que localizados no Hipercentro ou em Venda Nova: 11h às 19h.