A partir do próximo fim de semana, o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, passará a utilizar um aparelho de varredura corporal nos visitantes. O Body Scan tem capacidade de detecção de armas, drogas e celulares. O novo procedimento extingue a revista íntima na unidade.
A pessoa entra em uma cabine de aspecto futurista onde é "revistada" durante 40 segundos, tempo necessário para que, em uma sala anexa, um agente possa enxergar a imagem gerada pelo equipamento - como a radiografia dos ossos, órgãos, objetos e o contorno do corpo. Funcionários também serão submetidos ao aparelho, que foi alugado pelo governo de Minas por três anos, a um custo de R$ 19 mil mensais.
De acordo com o secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, a vantagem da locação é a possibilidade de eventuais substituições por novas tecnologias, evitando que o equipamento se torne obsoleto.
A Penitenciária Nelson Hungria já utiliza scanner de alimentos, pórtico detector de metal, banquetas e detectores de metais manuais.
Trâmites. Antes de entrar no Body Scan, a pessoa passa pelos trâmites normais de identificação biométrica e revista de alimentos, que é realizada pelos agentes, e, em seguida, é conduzida à cabine.
A regra só não vale para as pessoas que estão em tratamento por radioterapia, grávidas ou portadoras de marca-passo. Nesses casos, será realizada a revista tradicional, sendo que mulheres são acompanhadas por agentes do sexo feminino.
Espera-se que a utilização da nova tecnologia reduza os constrangimentos da revista e torne a entrada mais ágil, diminuindo o tempo de espera nas filas e aumentando a segurança da unidade no que se refere à entrada de objetos proibidos.
Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), a implantação de novas tecnologias faz parte da estratégia de política de humanização do sistema.