O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciou mudanças nas regras de visitação ao Pico da Bandeira, um dos pontos mais altos do Brasil, localizado na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo. A alteração ocorre dias após a morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Apesar da proximidade temporal, não há confirmação de que a mudança tenha relação direta com o caso.

Segundo o ICMBio, as novas diretrizes visam aumentar a segurança dos visitantes no Parque Nacional do Caparaó. A subida diurna ao pico – conhecida como “bate e volta”, com entrada e saída no mesmo dia – agora será permitida apenas por ordem de chegada, em fila única, entre 7h e 9h da manhã. O horário foi estipulado com base no tempo médio estimado para a trilha, que é de aproximadamente oito horas (ida e volta).

Outra exigência é o uso de lanterna individual por cada visitante, sendo vedado o uso de lanternas de celular. O equipamento é considerado essencial em caso de emergências ou atrasos no retorno. A reportagem questionou o ICMBio se há relação das mudanças com o caso da brasileira que morreu na Indonésia e aguarda retorno. 

Dúvidas sobre as regras de visitação podem ser esclarecidas pelo telefone (21) 97895-7522, das 8h às 16h, em dias úteis. As reservas de acampamento devem ser feitas por meio de formulário disponível no guia do visitante, no site oficial do parque.

Morte em trilha na Indonésia

Juliana Marins morreu após cair em um despenhadeiro enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo na ilha de Lombok, na Indonésia, no último dia 20. Ela chegou a ser localizada com vida por drones térmicos, mas as equipes de resgate enfrentaram dificuldades devido à neblina e ao terreno acidentado. O corpo da jovem foi encontrado após quatro dias de buscas.

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A tragédia teve ampla repercussão no Brasil e levantou debates nas redes sociais sobre os riscos de trilhas em locais de difícil acesso.