Um cachorro está provocando medo nos moradores do bairro Vale das Amendoeiras, em Contagem, na região metropolitana de BH. Isso porque o animal já atacou pelo menos nove alunos da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves, que fica na região.
Uma estudante, de 17 anos, foi mordida e levou arranhões na perna direita ao sair da escola, na noite de terça-feira (28). "Estava saindo mais cedo da aula, e ele (cachorro) entrou para escola, quando eu fui colocá-lo para fora ele avançou em mim", relata.
A mãe da estudante também está aflita com a situação. "Eu me sinto insegura, imagina se pega uma criança, imagina o estrago que não ia fazer? A gente deixa nossos filhos aqui e acontece isso, como não ficar preocupada? Estou indo levar minha filha ao médico agora para ver se precisa medicar", contou a Maria do Socorro.
Outros casos
Segundo a diretoria da escola, na manhã dessa terça-feira, três alunos foram atacados em uma praça próxima ao local. Eles teriam ido até a escola, e o cachorro os seguiu. Já dentro da unidade de ensino, outros cinco alunos também foram atacados.
À noite, uma estudante de 17 anos foi machucada pelo bicho.
De quem é a responsabilidade?
A unidade de ensino disse que chamou o Corpo de Bombeiros assim que o caso foi relatado pelo alunos. Segundo a diretoria da escola, a corporação foi até o local, apreendeu o animal, mas depois o soltou. O controle de Zoonoses foi acionado.
Procurado pela reportagem, a Zoonoses disse que ocorrências de animais bravos é de responsabilidade do Corpo de Bombeiros. Por volta de 8h, o Corpo de Bombeiros disse que se preparava para ir até o local depois de relatos de que o cão "estaria atacando alunos durante a maior concentração de pessoas em frente à escola estadual, na entrada para o turno de estudo".
Terror pelas ruas do bairro
A funcionária da escola e também moradora da região, Elaine Meiry, contou que viu e até brincou com o animal, mas que está apreensiva com possíveis novos ataques do bicho.
"A gente fica com medo, né? Não sabemos porque ele está agindo assim, se é por fome, por medo ou instinto mesmo. Mas alguém precisa fazer alguma coisa, deixá-lo à solta não dá. Também não pode maltratar, ele não tem ideia do que está fazendo", comenta a funcionária. Segundo ela, no turno de trabalho há, em média, 400 alunos na escola.