A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) explicou o porquê de um terço das vítimas de intoxicação pela cerveja Belorizontina, da Backer, estar concentrado no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Segundo o inquérito apresentado nesta terça-feira (9), o lote contaminado foi adquirido em grande volume por uma rede de supermercados e destinado à franquia localizada na região. Esse carregamento, que foi adquirido nas promoções da Black Friday de 2019, causou a contaminação regionalizada.
"Encontramos 10 vítimas moradoras do bairro Buritis, que representam mais de um terço da análise referência geográfica. A partir disso, tivemos um ponto de partida sobre o envenenamento coletivo e partimos para a investigação. Assim, chegamos ao supermercado em questão, que fez uma compra do lote contaminado diretamente na Backer durante a Black Friday de 2019", afirmou o delegado Flávio Grossi.
Ainda de acordo com o delegado, essa compra foi direcionada ao supermercado da rede localizado no Buritis. Segundo ele, boa parte dos consumidores contaminados residiam no bairro, mas não necessariamente todos.
"Essa rede fez a compra direta. Isso explica a grande quantidade de vítimas, pois o supermercado do Buritis recebeu o lote fechado. As vítimas não necessariamente moravam no Buritis, mas compravam para consumo no bairro", completou.
A Polícia Civil indiciou 11 pessoas foram por homícidio, intoxicação e lesão corporal. Entre elas o grupo gestor da Backer.
No total, 7 pessoas foram vítimas da intoxicação, 22 foram contaminadas e outras 30 prestaram queixa.