A equipe de promotores de Justiça e delegados da Polícia Civil que vão investigar a morte de Lorenza Maria Silva Pinho, 41, esposa do promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho, principal suspeito de tê-la matado, foi definida nesta terça-feira (6). Os nomes constam no Diário Oficial do Ministério Público de Minas Gerais e o grupo será formado por quatro membros do Ministério Público e quatro delegados da Polícia Civil.
Os integrantes são: o subcorregedor-Geral do MPMG, o procurador de Justiça Giovanni Mansur, os promotores de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, Cláudio Maia de Barros e Gislane Testi, além dos delegados Frederico Abelha, Letícia Gamboge, Alexandre Oliveira e Michelle Manzali.
A designação é assinada pelo procurador geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, mas a escolha dos delegados que vão atuar no caso foi feita pelo chefe da Polícia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva.
O inquérito está sob sigilo e, por isso, os membros da equipe evitaram de comentar os próximos passos da investigação. Jarbas Soares, no entanto, destacou a experiência dos designados pelo MPMG.
“Na equipe temos um procurador que já foi do Tribunal do Júri e três promotores da área criminal do Tribunal do Júri de Belo Horizonte”, pontuou o procurador geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares. O promotor de Justiça Cláudio Maia de Barros, um dos designados para atuar no caso, afirmou que as apurações vão prosseguir agora.
“Existe um procedimento investigatório em curso, contudo está com um decreto de sigilo do procurador geral de Justiça. O trâmite agora é continuar a apuração. Dentro dos paramentos legais, a Procuradoria Geral está procedendo com a oitiva de testemunhas para apuração das circunstâncias que envolveram a morte (de Lorenza)”, disse o promotor de Justiça.
Entenda
Lorenza Maria Silva de Pinho morreu na madrugada do dia 2 de abril, no apartamento em que ela morava com o marido, o promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho e os cinco filhos do casal, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte.
André de Pinho alegou em depoimento que Lorenza teria se engasgado. Ele disse que chamou uma ambulância do Hospital Mater Dei e, quando eles chegaram, ela já estaria morta. O primeiro laudo médico do óbito, antes de as investigações começarem, dizia que Lorenza morreu por autointoxicação, mas a perícia indicou ter encontrado sinais de violência no corpo da mulher.
O promotor de Justiça foi preso na manhã do último domingo (4), no apartamento do casal, localizado no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte.