A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou, na noite desta segunda-feira (12), que vai acionar a Justiça contra a greve total anunciada por metroviários mineiros. Os servidores prometem cruzar os braços a partir da próxima quarta-feira (14), ocasionando em paralisação do metrô de BH. 

A empresa disse que ainda não foi notificada da paralisação, mas que “tomará todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis pela manutenção do transporte sobre trilhos na região metropolitana de Belo Horizonte”. 

Em decisão passada da Justiça, a CBTU já havia conseguido reverter, no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRTMG), uma paralisação total. Em agosto, a Corte definiu escala mínima de 60% da operação habitual dos trens, sob pena de multa de R$ 35 mil. O valor que foi dobrado em outubro

Os servidores anunciaram a greve como forma de protesto contra à privatização da CBTU em Minas, que concederá a gestão do metrô para a iniciativa privada. O leilão está previsto para o próximo dia 22. 

Os metroviários dizem não terem sido ouvidos na elaboração do edital de privatização, lamentam falta de estabilidade de empregos e questionam a garantia de que haverá expansão do serviço.

“A Companhia frisa que não possui respostas sobre o processo de desestatização, além das já publicadas pelos órgãos oficiais, já que as diretrizes e ações a respeito são conduzidas pelo CPPI (Conselho do Programa de Parceria de Investimentos) e pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional. Assim, as demandas relativas ao processo devem ser endereçadas àqueles entes, para que haja informações concretas”, afirmou a CBTU. 

Ainda conforme dados da CBTU, cerca de 100 mil usuários devem ser afetados por dia com a paralisação do metrô de BH.