Sentimentos à flor da pele, fanatismo, gritos de comemoração ou lamentações, lágrimas de alegria ou de tristeza. Toda essa mistura acontece quando o amor pelo esporte entra na vida de uma pessoa. É nessa hora que a paixão por um time ou por um atleta em especial aparece e a identificação se faz presente para o resto da vida.
Se tem uma cidade que proporciona tudo isso para os torcedores mais apaixonados é Belo Horizonte. Isso porque a capital mineira conta com fiéis seguidores dos mais tradicionais times de futebol do país, o América-MG, o Atlético e o Cruzeiro – clubes que conquistaram vários campeonatos importantes ao longo de suas histórias.
No entanto, não é só do futebol que o esporte de BH se orgulha. Outras modalidades brilham com a mesma intensidade. E isso é possível graças aos atletas nascidos por aqui e que revelam todo o talento deles nos torneios em que competem.
Um exemplo dessa realidade é o multicampeão e líbero do time de vôlei Sada Cruzeiro, Serginho. Em nove temporadas pelo clube, ele foi eleito por quatro vezes o melhor do mundo na posição em que atua. Além disso, conquistou nove títulos da Superliga nas 14 finais em que disputou, entre outros triunfos.
Formado pelo Minas Tênis Clube, tradicional celeiro na formação de atletas de ponta, ele conta que trocou o futsal pelo vôlei depois de passar em um teste quando ainda era criança. Entre todas as conquistas que teve ao longo da carreira, Serginho destaca a mais marcante.
“Com certeza foi o primeiro título mundial com o Sada. Fomos o primeiro time da América do Sul a conquistar esse campeonato. Isso fez com que o mundo deixasse de conhecer apenas os atletas que figuravam na seleção brasileira e passasse a conhecer uma equipe do país”, revela.
Outro esportista reconhecido é o tenista Marcelo Melo. O gosto pela prática vem de berço. “Quando tinha 5 anos de idade, já acompanhava o meu pai em alguns treinamentos no Minas Tênis Clube, onde fiz as minhas primeiras aulas”, lembra.
Hoje, aos 35 anos de idade, Melo foi escolhido, pelo segundo ano consecutivo, como o melhor tenista do ano no Prêmio Brasil Olímpico, tradicional evento organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Além disso, ele encerrou 2018 entre os dez melhores do mundo. Ao todo, o atleta carrega 32 conquistas na carreira, todas em duplas, entre elas dois Grand Slam – o de Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017).
Já uma das grandes revelações dos últimos anos nas Artes Marciais Mistas (AMM), mais conhecidas pela sigla MMA (do inglês: mixed martial arts), é o belo-horizontino Matheus Nicolau. Em 2015, ele ficou conhecido por participar do programa The Ultimate Fighter (TUF) Brasil, no qual foi semifinalista na categoria dos galos (até 61,2 kg).
Apesar de não ganhar o reality show, Nicolau foi convidado para entrar no torneio de lutas mais conhecido do globo, o Ultimate Fighting Championship (UFC). Com um cartel de 13 vitórias, um empate e uma derrota, ele ocupa a 14ª posição do ranking dos pesos moscas (até 57 kg), categoria em que passou a lutar em 2016.
Perguntado se acredita que Belo Horizonte é uma cidade reveladora de atletas de ponta, ele destaca que a história comprova isso. “Temos esportistas campeões mundiais no jiu-jitsu, judô e vôlei, além de diversos outros grandes nomes nos esportes olímpicos e representantes na categoria na qual atuo”, pontua.