Fim do recesso

Cerca de 160 mil estudantes em MG voltam ao ensino presencial nesta terça

Retorno acontece em meio à greve dos profissionais da educação do Estado

Por Gabriel Rodrigues e Rômulo Almeida
Publicado em 03 de agosto de 2021 | 03:00
 
 
 
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Cerca de 326 mil estudantes estão autorizados a voltar às aulas presenciais nesta terça-feira (3) na rede pública estadual mineira. O número corresponde a 1.384 escolas, em 226 municípios. Desse total, 50% dos estudantes aderiram às atividades presenciais. As informações são da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG). A greve dos profissionais da educação está mantida, mas o sindicato da categoria não informou a taxa de adesão ao movimento. 

Pela primeira vez desde o início da pandemia, alunos do 3º ano do ensino médio e do 9º do fundamental poderão realizar atividades presenciais no Estado, nas cidades que estão nas Ondas Verde e Amarela do programa Minas Consciente. Já na segunda-feira (9) é a vez dos alunos do 2º ano voltarem às salas de aula. Os alunos do 1º ano do ensino médio estão sem data para o retorno presencial.

Em Belo Horizonte funcionam ao todo 226 escolas estaduais, que contam com cerca de 62 mil alunos matriculados no total nos anos de ensino que estão autorizadas a voltarem presencialmente nesta terça-feira. Todos os ciclos estão autorizados a funcionar pela prefeitura da capital, exceto o nível superior. 

Greve. 

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG) mantem a convocação de greve no atendimento presencial em todo o Estado. A coordenadora-geral da entidade, Denise de Paula Romano, acredita que a situação da pandemia não garante a saúde da comunidade escolar. 

"A greve sanitária diz respeito à questão da pandemia e da forma como o Estado tem manipulado as cores do mapa de Minas Gerais tentando trazer uma falsa ideia de segurança ou de normalidade em um período que já passamos de 50 mil mortos em Minas, e lamentavelmente isso tem acontecido também pela postura do governo de MG, que fez o trabalhador precisar lançar mão da greve, porque o Estado não se preocupa com o bem estar da população e da comunidade escolar", diz. 

O Sind-UTE disse que ainda não é possível precisar o número de profissionais que aderiram a greve. 

A Secretaria de Educação reafirma que "o processo de retomada das atividades presenciais segue planejado com todo cuidado e segurança, cumprindo rigorosamente todos os protocolos sanitários desenvolvido em conjunto por um grupo de trabalho formado por especialistas nas áreas de saúde e educação".

Os pais podem optar por manter os filhos no ensino remoto. De acordo com a o governo estadual, o atendimento online será mantido.

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