Investigação da Polícia Federal

Cinco são presos por fraudar INSS e arrecadar R$ 3,2 mi do benefício em MG

Mandados de prisão preventiva e temporária foram cumpridos em Betim, Contagem e Juatuba, na região metropolitana de BH

Por Lara Alves
Publicado em 22 de outubro de 2019 | 09:22
 
 
 
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Cinco suspeitos de cometer fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Minas Gerais, acabaram presos após uma ação da Polícia Federal em Betim, Contagem e Juatuba, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (22). Estima-se que os criminosos tenham arrecadado cerca de R$ 3,2 milhões através de pagamentos recebidos pelo benefício. Esse prejuízo poderia chegar ainda a mais de R$ 13,5 milhões se as prisões não tivessem acontecido, de acordo com os investigadores. 

Além de dois mandados de prisão preventiva e três para temporária, a Justiça Federal também expediu pedidos de busca e apreensão aos endereços dos suspeitos. Nesses locais, agentes encontraram inúmeros documentos de identidade falsificados, além de cartões bancários das agências onde o benefício era sacado. 

Segundo apontam as investigações, os suspeitos confeccionavam cédulas de identidade, certidões de nascimento e comprovantes de endereço falsos para obter os benefícios previdenciários de prestação continuada (LOAS). 

Um dos dois suspeitos detidos em prisão preventiva já foi indiciado pela Polícia Federal em ocasiões interiores. Ele era investigado em cerca de cem inquéritos e chegou a ser condenado por estelionato contra o INSS – mesmo crime pelo qual foi preso na manhã desta segunda-feira.

O outro, assim como o primeiro, também possui registros policiais. Há dois anos ele foi preso em flagrante, em Ubá, na Zona da Mata, por tentar obter registros de CPF com documentos falsos, na sede da Receita Federal no município. A sentença para esse caso ainda não saiu.  

As investigações deste novo processo contra eles apontam que, apesar de condenados por estelionato contra o benefício, os homens continuaram com os esquemas e permaneceram frequentando as agências bancárias para sacar valores relacionados às fraudes. 

Operação

"Acinte" é o nome da operação para combater o esquema de fraudes na obtenção dos benefícios previdenciários. A palavra diz respeito àquelas ações praticadas de forma premeditada e proposital, a fim de contrariar ou ofender. Por isso, segundo a PF, "o nome faz alusão à postura de dois investigados (os que já foram condenados) em relação à Justiça".

Assim, os cinco responderão por estelionato qualificado e formação de quadrilha. Se condenados, podem cumprir seis anos e meio de prisão por cada golpe contra o INSS, além de até três anos por associação criminosa. 

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