Por meio da parceria entre a Fundação Ezequiel Dias, a UFMG e a Hemominas, o sistema de saúde de Minas Gerais já atingiu a capacidade de realizar 1.000 exames de coronavírus por dia. A capacidade, que antes era de 400 testes diários na Funed, foi acrescida de outros 400 pela Hemominas e 200 pela UFMG.
A fila de exames aguardando resultados nesta segunda-feira (13) tem 600 amostras, segundo informou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. A meta é de que 1.800 a 4.000 exames sejam liberados por dia a partir do momento em que os 19 laboratórios habilitados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) passarem a emitir os laudos. "Se não aumentar muito a demanda, teremos respostas muito mais rápidas já a partir de agora", informou o secretário.
Segundo o boletim epidemiológico desta segunda-feira, Minas tem 815 casos e 23 óbitos confirmados por Covid-19. Outras 64 mortes estão sob investigação. A SES-MG não divulgou o número de casos notificados.
Questionado sobre a possibilidade de subnotificação, Amaral afirmou que a questão pode ser interpretada como natural do ponto de vista epidemiológico. A política do Estado de orientar para que as notificações sejam feitas para todos os pacientes com sintomas respiratórios permite, segundo o secretário, que a pasta tenha uma ideia amostral para direcionar a atenção.
Isolamento
Na manhã desta segunda, Amaral se pronunciou afirmando que o isolamento em Minas deve continuar até junho. Em coletiva de imprensa durante a tarde, o secretário reforçou a possibilidade e justificou afirmando que o isolamento tem uma função clara: a de diminuir a velocidade de transmissão da doença. "Precisamos manter até que entendamos que a quantidade de pessoas que já tiveram contato com a doença passa a proteger a sociedade, é um mecanismo de imunidade de rebanho".
O titular da Saúde em Minas também defendeu a necessidade de isolamento em municípios sem registro de casos, uma vez que foi identificada a transmissão comunitária no Brasil. Para Amaral, mesmo que um lugar não tenha casos, ele ainda corre riscos.
"Estamos tendo um bom desempenho da conduta em relação ao coronavírus, e isso não pode ser perdido, temos que manter o que orientamos de isolamento, estamos orientando o uso das máscaras, principalmente onde as pessoas ficam perto uma das outras, como no transporte coletivo", finaliza.