Comparável ao Bope do Rio de Janeiro, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), criado pela Polícia Civil de Minas, há sete meses, já conseguiu prender 54 criminosos de alta periculosidade em 73 operações.
O grupo é formado por policiais especializados em operações como resgate de reféns, incursões em áreas de risco, gerenciamento de crise, cumprimento de mandados de alto risco, entre outras atuações de alto risco, e conta com atiradores de elite. Ontem, um vídeo institucional foi apresentado pela Polícia Civil para mostrar aos mineiros as ações do grupo.
O Core faz parte do Departamento de Operações Especiais (Deoesp). Dos 22 sequestros de gerentes de banco registrados em Minas este ano, o grupo ajudou a Delegacia Anti-sequestro a prender 25 envolvidos nos crimes.
De acordo com o inspetor do Core, Marco Matos, o Core ainda presta apoio operacional a todas unidades da Polícia Civil de Minas.
Segundo ele, os participantes têm que participar um curso extremamente difícilDos 224 inscritos no curso para integrar a tropa, apenas 16 foram selecionados.
“As outras delegacias do Deoesp são investigativas e operacionais e a Core é um setor tático específico”, afirmou. “Agora, estamos com mais um curso aberto para angariar mais policiais para a Core porque o nosso número ficou pequeno diante de tantos acionamentos”, afirmou.
De acordo com ele, a Polícia Civil de Minas era uma das poucas que ainda não tinham o grupo específico de intervenção tática.
Para o chefe do Deoesp, delegado Hugo Malhano, Minas está tão preparado para combater o crime organizado quanto outros estados com Rio de Janeiro e São Paulo.
“Os policiais da Coresão submetidos a uma avaliação bem rigorosa. Depois do policial formado, ele passa por treinamento constante. Passa por intercâmbio em outros estados e as nossas principais referências são o Paraná, a Divisão de Operações Especiais de Brasília e oCore do Rio de Janeiro, entre outros grupos”, disse Malhano.