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Convidados ligam luzes de celulares para noiva entrar após queda de energia

Luz acabou no bairro meia hora antes do início da cerimônia realizada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro

Por Laura Maria
Publicado em 22 de julho de 2019 | 20:46
 
 
 
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Há certas coisas que são imprescindíveis no casamento, como a energia elétrica. O casal Anaisa Bessa, 30, e Hudson Bessa, 32, soube disso mais do que ninguém. Meia hora antes de selar a união na Catedral Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, no centro de Uberlândia, na Triângulo Mineiro, os noivos descobriram que a luz tinha acabado no bairro. “Bateu desespero”, confessa o músico, que se casou com a administradora no último sábado (30).

Apesar do cenário desanimador, surgiu uma luz no fim do túnel, ou melhor, da igreja. O cerimonialista pediu para que os convidados ligassem as lanternas do celular na entrada da noiva. “Foi muito melhor do que se fosse ensaiado”, diz Anaisa fazendo coro com o agora marido. “Foi muito mais lindo do que um casamento normal”, completa ele.

E, afinal, a Cemig resolveu colaborar. Quando chegou ao altar, a energia elétrica voltou, e todos os convidados puderam ver a noiva em toda a sua beleza. “A luz acendeu exatamente quando eu cheguei lá na frente, foi um momento mágico para nós que acreditamos que os planos de Deus são muito maiores do que os nossos”, diz Anaisa.

Como tudo aconteceu

A cerimônia estava marcada para as 18h, mas às 17h30 convidados já ocupavam os lugares da igreja quando Hudson foi informado pelo cerimonialista que não havia energia elétrica na região. O noivo resolveu esperar até que tudo fosse normalizado e ligou para a administradora para falar que o tradicional atraso deveria ocorrer no matrimônio deles. 

“Havia técnicos da Cemig no local que fizeram os ‘corres’ deles, e a energia acabou voltando. Então, resolvemos: vamos nos casar”, conta. A cerimônia teve início conforme o combinado até a entrada do último padrinho. “Aí, a luz acabou de novo”, conta Hudon.

 

Nesse momento, ele ficou entre a cruz e a espada: continuar ou não a cerimônia. No carro, Anaisa também estava aflita, mas não desesperançada. “A luz vai acender quando eu entrar, vai acender”, dizia para parentes e amigos que tentavam tranquilizá-la. Enquantos os noivos se dividiam, o cerimonialista pediu para que os convidados ligassem suas luzes e fizessem silêncio absoluto.

E assim foi. Os músicos tiveram de cantar à capela com acompanhamento apenas do violino e do saxofone. Primeiro, entraram os pajens sob o som de “Era Uma Vez”. Nesse momento, aconteceu algo inesperado. “A igreja toda acompanhou os músicos e se formou um coral”, relata Hudson.

Entrada da noiva

Mas a melhor parte ainda estava por vir. Mesmo que as luzes do templo não estivessem ligadas, Anaisa entrou iluminada pelos celulares. Mesmo diante do nervosismo, Hudson resolveu cantar “Aleluia” à capela, como forma de surpreender a noiva. Mesmo diante de todos os infortúnios, o “casamento foi perfeito”, resume o marido. “Eu fui seguindo a voz dele e sabia que tinha que entrar”, diz Anaisa.

 

 “A energia estava muito forte. Só quem estava ali é que sentiu essa força”, conta Hudson que sentiu uma travada na garganta, mas mesmo assim levou até o fim o canto. Quando finalmente Anaisa colocou os pés no altar, a luz voltou. “Daí para frente foi sói alegria”, conclui Hudson.

O casamento dos sonhos foi além do que imaginava o casal. Por causa disso, decidiram ficar apenas com as lembranças boas e não processar a Cemig. Afinal, muita luz para Anaisa e Hudson!

 

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