Há quase 45 dias, os comércios e serviços não essenciais foram obrigados pela prefeitura municipal a fecharem as portas em Belo Horizonte para conter a pandemia do coronavírus e o aumento de casos. E desde então, pelo menos 8.500 estabelecimentos já foram autuados pela Guarda Municipal por descumprirem a norma na capital mineira.
A informação foi divulgada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) durante entrevista coletiva nesta tarde. Ele também falou sobre as festas clandestinas realizadas por moradores da cidade – no fim de semana, um empresário foi preso no bairro Belvedere, região Centro-Sul, por desacato e perturbação do sossego após reclamação de vizinhos.
"A orientação sobre festa é levar para a delegacia. A Guarda Municipal saiu de todo o policiamento em BH e está atendendo exclusivamente as fiscalizações", comentou.
Suspensão de alvarás
Desde o mês passado, um decreto da prefeitura também permite a suspensão dos alvarás dos estabelecimentos que não cumprirem o isolamento e ainda promoverem aglomerações de pessoas. De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, até o momento 37 comércios e serviços tiveram a documentação barrada.
Sem o alvará, os espaços não podem voltar a funcionar após o início da flexibilização e o fim da pandemia. Em outra entrevista coletiva, Kalil chegou a afirmar que os locais irregulares terão dificuldades para retomarem a documentação "enquanto for prefeito".