A taxa de ocupação dos leitos de UTI rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais alcança 63%, segundo o secretário da Saúde, Carlos Eduardo Amaral. No final de abril, o número estava em torno de 58%. Por sua vez, os leitos clínicos registram 66% de ocupação. A informação foi atualizada durante coletiva de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta manhã.
Conforme Amaral tem informado ao longo da semana, a ocupação de leitos em geral por pacientes com diagnóstico confirmado ou suspeita de Covid-19 flutua ao redor de 5%. Ainda que a incidência da doença e a mortalidade em Minas sejam menores que em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, o secretário não vê margem para disponibilizar leitos aos Estados vizinhos amplamente.
“Minas está sob risco como qualquer Estado do país, não podemos achar que a coisa está resolvida. Temos risco de aumento, então não entendo que tenhamos capacidade ociosa e com facilidade para ceder leitos a outros Estados. Tudo leva a crer que teremos aumento do número de casos”. Atualmente, a previsão é que o pico da doença em Minas ocorra no dia 6 de junho, com 3.000 casos confirmados e de 200 a 220 óbitos.
Amaral também justificou o aumento de casos no interior mineiro, cujos casos crescem em um ritmo sete vezes maior do que na capital. “Era esperado haver casos no interior. Temos 4 milhões de habitantes na região metropolitana e outros 21 milhões no interior, então é natural haver aumento proporcional de casos. Devemos ter aumento no interior, isso faz parte da epidemia”.
O secretário contabiliza que o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de 4.650 respiradores no Estado, disponibilizados não apenas para casos de Covid-19. Em UTIs, segundo a secretaria, existem 2.100 respiradores prontos para ser utilizados, e outros 1.000 equipamentos foram encomendados pelo governo.
Mais cedo, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou disponibilização de outros 368 leitos de UTI em Minas, 90% deles no interior.