Medidas de restrição

Coronavírus: 'Houve excesso', diz Zema sobre fechamento de limites municipais

Governador do Estado conversou com prefeitos e pediu que eles revissem a decisão de impedir a entrada de pessoas na cidade; algumas situações precisam ser revistas

Por Thiago Nogueira
Publicado em 23 de março de 2020 | 17:53
 
 
 
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O governador Romeu Zema deu um "puxão de orelha" nos prefeitos mineiros, que vêm adotando medidas restritivas de entrada e saída de veículos nas divisas das cidades. Muitas prefeituras do interior adotaram a medida para tentar conter a disseminação do coronavírus.

Zema, no entanto, tem achado as medidas "exageradas". "Ontem, no sábado, cheguei a conversar com alguns prefeitos, por telefone, porque, em algumas cidades, do meu ponto de vista, houve um excesso. Centros de distribuição, onde empresas recebem mercadorias para uma série de lojas, não podem parar, o e-commerce não pode parar. Nesses casos, não há o atendimento ao público. Há a recepção e expedição de mercadoria. Adotando medidas de segurança, elas devem continuar funcionando. Caso contrário, a população vai ficar sem bens nos supermercado e drogarias", destacou o governador em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23).

Para ele, é preciso ter flexibilidade a restrição para entrada e saída de veículos. "Temos que restringir, sim, o aglomerado de pessoas, mas não podemos impedir uma senhora idosa que foi visitar ou foi num enterro na cidade vizinha e está voltando para casa, retorne em segurança. É um direito dela. Tenho solicitado aos prefeitos que revejam essa questão de impedir o acesso, porque muitas vezes pode estar impedindo que algo fundamental, importantíssimo, deixe de chegar à população e as precisos precisam se deslocar", ponderou Romeu Zema.

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