Termômetro da Covid

Covid-19: Média de mortes em Minas atinge terceiro recorde em uma semana

Número já é 20% maior em relação ao auge registrado durante a primeira onda da pandemia

Por Cristiano Martins
Publicado em 21 de janeiro de 2021 | 11:04
 
 
 
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Minas Gerais registra nesta quinta-feira (21), pela terceira vez em menos de uma semana, mais um recorde na média móvel de mortes provocadas pela Covid-19, de acordo com o Termômetro da Covid do portal O TEMPO (veja o gráfico e a metodologia abaixo).

Segundo o monitoramento realizado a partir dos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), foram confirmadas em média 123,3 novas vítimas diárias do coronavírus ao longo da última semana.

Esse número é 20% maior em relação ao auge atingido durante a "primeira onda" da pandemia. Na época, o indicador chegou a no máximo 102,9 óbitos por dia, em média, entre 15 e 21 de agosto.


RECORDES NOS ÓBITOS
Maiores registros na média móvel de sete dias

15 a 21/01/21 - 123,3 óbitos por dia
14 a 20/01/21 - 118,1 óbitos por dia
10 a 16/01/21 - 108,7 óbitos por dia
13 a 19/01/21 - 108,1 óbitos por dia
11 a 17/01/21 - 108,0 óbitos por dia


De acordo com o boletim epidemiológico publicado nesta quinta-feira (21) pela SES-MG, o Estado chegou a um total de 13.891 mortes e 668.216 pessoas contaminadas, das quais 64.099 encontram-se em tratamento ou acompanhamento. 

Nas últimas 24 horas, foram acrescentados ao balanço oficial 8.831 novos casos e 170 novas mortes confirmadas. Todas as 853 cidades mineiras já registraram pacientes com a doença.

 

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Entenda o gráfico

O Termômetro da Covid apresenta a evolução da média móvel de novos óbitos e casos confirmados nos últimos sete dias, e tem como parâmetro de comparação os mesmos dados registrados há duas semanas.

Se a média de hoje superar em mais de 15% o valor de duas semanas atrás, então a situação observada é de crescimento acelerado. No outro oposto, uma redução superior a 15% representa desaceleração. Se a variação for de até 15% para mais ou para menos, a média se encontra em um nível de estabilidade.

O uso da média móvel se justifica pela grande oscilação das notificações entre os diferentes dias da semana. Ela fica muito clara quando se observa a queda durante feriados, fins de semana e segundas-feiras, por exemplo. Desta forma, a média mostra tendências mais consistentes do que os dados diários.

Já a janela de duas semanas para comparação se explica pelo tempo médio de ação do vírus e de demora no processamento de exames e na divulgação dos resultados nos sistemas oficiais utilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG).

Esta é a mesma metodologia utilizada, por exemplo, pelo jornal The New York Times.

Os dados são provenientes dos boletins epidemiológicos da SES-MG e referem-se aos municípios de residência dos pacientes. Isso explica eventuais números negativos, uma vez que os casos podem ser revisados ou "transferidos" de cidade.

 

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