Covid: MG registra 209 casos positivos da doença por dia

Minas Gerais registrou 4.600 casos positivos de Covid-19 nos últimos 22 dias. A média diária de diagnósticos chegou a 209. Especialista afirma que os números já são efeitos da nova subvariante chamada EG. 5, conhecida popularmente como “Éris”. O Estado já atingiu a marca de 4.170.023 casos da doença e 65.727 óbitos desde o perído pandêmico, que teve o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em maio de 2023.

Conforme o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Estado contabilizava em 9 de agosto 4.165.423 casos de Covid. O número saltou para 4.170.023 em 30 de agosto.

“O aumento de casos era esperado e isso não aconteceu somente em Minas Gerais, mas no mundo todo. Sempre que temos uma nova subvariante a transmissibilidade eleva e percebemos isso desde o advento da ômicron. A Éris é mais um caso”, afirma o médico infectologista Leandro Curi. 

Apesar de mais casos positivos, Curi tranquiliza. “Não chega a ser uma subvariante de muita preocupação, no entanto precisamos tomar os devidos cuidados. Aparentemente, as vacinas conseguem garantir proteção contra ela, tanto que quem se vacinou e teve Covid-19 recentemente apresentou quadro clínico leve”.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recomendou que máscaras voltem a ser usadas em aglomerações e ambientes fechados da instituição de ensino. A medida, segundo o especialista, é viável, mas a principal é a atualização do esquema vacinal.

“Recomendamos a vacinação em dia. Se a pessoa tiver sintomas gripais, busque se isolar, faça o teste e fique isolado enquanto o resultado não é divulgado. Caso os sintomas evoluem, busque o auxílio médico. Só conseguimos melhorar os indicadores pois tivemos adesão da população à imunização”, afirma Curi.

Dados da vacinação 

O vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostra que a cobertura vacinal atingiu 86,60% do público alvo para a primeira dose, 82,07% para a segunda e dose única, 62,44% na primeira dose de reforço e 26,78% na segunda dose de reforço.  

A baixa cobertura vacinal para a segunda dose de reforço é, na análise do especialista, reflexo do “relaxamento” da população. “Quando as vacinas têm os efeitos desejáveis, como o caso da Covid-19 que reduziu a mortalidade e a hospitalização, sempre percebemos as pessoas relaxando e deixando de voltar aos centros de saúde”.

“Outro fator que atrapalha é a desconfiança lançada em torno do imunizante. Muitos leigos deixaram de se imunizar com alegação que houve, por exemplo, efeitos da vacina. Imunizar é preciso”, finaliza o especialista.