Sem respostas

Dois foragidos da Chacina de Unaí seguem sendo procurados: 'Prioridade'

Norberto Mânica e Hugo Alves Pimenta ainda não foram localizados pelas autoridades

Por Vitor Fórneas
Publicado em 09 de outubro de 2023 | 18:56
 
 
 
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As autoridades policiais seguem em busca por Norberto Mânica e Hugo Alves Pimenta. Eles estão entre os quatro envolvidos na Chacina de Unaí. Em 13 de setembro, a Justiça ordenou a prisão dos últimos envolvidos no caso. O processo envolve o assassinato de quatro servidores do Ministério do Trablho que ocorreu em 2004. 

“Esse caso sempre foi uma prioridade para o Ministério Público desde quando aconteceu o fato. O Ministério Público, junto com a Polícia Federal, tem adotado as diligências buscando esses dois que estão foragidos. Eu não posso trazer detalhes porque inclusive teria risco de prejudicar essas diligências que estão em andamento. Mas de qualquer forma as diligências acontecem e estão sendo feitas”, informou Carlos Henrique, procurador-chefe da Procuradoria da República em Minas Gerais.

O superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Calazans, espera a rápida localização de Norberto e Hugo. “Tem que usar todos os recursos possíveis para localizá-los. Eles estão foragidos da Justiça. Como eles são ricos, pode acontecer qualquer coisa. E eu espero que eles sejam encontrados”, disse.

Condenação

Os irmãos Norberto e Antério Mânica, o último deles ex-prefeito de Unaí, foram condenados como mandantes do crime. Eles foram sentenciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, mediante pagamento de recompensa em dinheiro e sem possibilidade de defesa das vítimas. 

Em 2015, Antério e Norberto foram condenados a 100 anos de prisão cada um. O ex-prefeito, no entanto, teve a condenação anulada após o irmão confessar ser o único mandante. Em maio de 2022, Antério foi novamente julgado pela Justiça Federal e condenado a 64 anos de prisão. 

Os outros dois réus, José Alberto de Castro e Hugo Pimenta, foram condenados por intermediarem o crime. Os três pistoleiros — Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda — foram condenados em 2013. Eles estavam presos desde 2004.

Relembre o crime 

Em 28 de janeiro de 2004, os fiscais Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram emboscados em uma estrada de terra, próxima de Unaí, enquanto faziam visitas de rotina a propriedades rurais.

O carro do Ministério do Trabalho foi abordado por homens armados que mataram os fiscais à queima-roupa. A fiscalização visitava a região por conta de denúncias de trabalho escravo.

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