Dois ônibus são incendiados em menos de dois dias no bairro Jardim Vitória em BH

Um ônibus foi incendiado no bairro Jardim Vitória, na região Nordeste da capital, na noite desta sexta-feira (11). Esse é o segundo caso de coletivo incendiado em menos de dois dias no bairro. Segundo a Polícia Militar (PM), foi encontrado no ônibus, da linha 825 (Estação São Gabriel / Vitória II via UPA Nordeste), um bilhete pedindo melhores condições na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana. 

De acordo com o boletim de ocorrência, o ônibus foi cercado por dois veículos quando passava por uma rotatória. Oito homens desceram dos carros e pediram que todos descessem e atearam fogo no coletivo. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e apagou o fogo. A perícia da Polícia Civil também compareceu ao local do incêndio. 

No coletivo foi encontrando um bilhete pedindo a volta das visitas na penitenciária, que foram suspensas desde março por conta das medidas do coronavírus, além de pedir a saída do atual diretor da unidade. 

Procurada, a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), informou que ainda não há data confirmada para o retorno das visitas nos presídios do Estado. A pasta afirmou ainda que o cenário está sendo avaliado diariamente. Enquanto isso, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) colocou em prática o projeto "A esperança vem de casa", que consiste em visitas virtuais, realizadas em salas das áreas administrativas das unidades prisionais. 

Ao todo já foram realizadas mais de 33 mil visitas familiares virtuais desde a implantação do projeto. No Estado, mais de 90% das unidades estão ofertando esta modalidade de visitação para garantir que custodiados e familiares possam se encontrar neste momento de necessidade do distanciamento social.

Relembre. 

Na última quarta feira (9), um ônibus da linha 5502 C (Pousada Santo Antônio) também foi incêndiado no bairro Jardim Vitória. Três suspeitos atearam fogo no coletivo. Durante a abordagem, o grupo afirmou que o ato era uma ordem dada por detentos da Penitenciária Nelson Hungria.