Após um incêndio provocar a morte de três pessoas dentro de uma fábrica de calçados em Nova Serrana, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, o proprietário da empresa foi indiciado nesta quinta-feira (30) pela Polícia Civil por homicídio culposo. As chamas atingiram o local no dia 16 de junho. Entre as vítimas, estavam dois funcionários e a amiga de um dos trabalhadores mortos.
Conforme as investigações, a fábrica estava irregular e não possuía os alvarás de funcionamento exigidos pela prefeitura municipal e o Corpo de Bombeiros. Além disso, a perícia constatou que o espaço não era apropriado para a produção de calçados. Os profissionais que morreram ainda não possuíam carteira assinada.
A corporação também enfatizou que o incêndio foi provocado "por aproximação de elemento em combustão deixado em material combustível presente na região do foco inicial". A dupla de funcionários morreu carbonizada e a mulher não resistiu às graves queimaduras provocadas pelas chamas.
Caso seja condenado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, pela Justiça, o empresário pode receber pena de prisão que varia entre dois a quatro anos para cada uma das mortes.
Falsificação de calçados
A delegada responsável pelo inquérito policial, Karine Tassara Fernandes, lembra que há uma investigação em andamento que apura uma denúncia de falsificação de calçados pela fábrica. A corporação não repassou outros detalhes sobre o caso.