Dupla que participou da morte de uma mãe e suas duas filhas é presa

Um dívida de R$ 500 em drogas foi o suficiente para que quatro criminosos decidissem matar uma mãe e suas duas filhas no bairro Solar do Barreiro, em Belo Horizonte. A motivação dos assassinatos foi descoberta pela Polícia Civil quatro anos após o crime, que ocorreu na madrugada de 5 de março de 2011.

Na ocasião, Telma Cara de Queiroz, de 38 anos, Layane Tatiana Camara de Souza, de 19 anos, e Tayna Tamiris Camara de Souza, de 16, estavam dormindo quando os assassinos chegaram na residência delas e as abordaram. “A Layane conhecia os suspeitos e estava guardando R$ 500 em drogas para eles. O que aconteceu é que a mãe dela, a Telma, acabou consumindo essa droga - cocaína - no dia anterior ao do crime. Com isso, eles deram um prazo de 24 horas para que o valor do entorpecente fosse pago”, afirmou o delegado responsável pelas investigações do caso, Antonio Harley.

Como o valor da droga "perdida" não foi pago pela família, os criminosos então cumpriram a promessa feita. Após abordarem as três, dentro da casa em que elas morava, eles as levaram para uma linha de trem onde elas foram assassinadas a tiros e a facadas. “Eles preparam uma emboscada para elas, ali naquela linha, e depois fugiram. Naquela época o tráfico de drogas da região estava sob o domínio deles e eles eram bastante temidos”, disse o policial.

Suspeitos

Nesta sexta-feira (31) o Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apresentou à imprensa o suspeito conhecido como Marcinho, de 27 anos, que teria participado do triplo assassinato e o homem de 33 anos conhecido como Magaiver. Um adolescente de 17 anos também teria participado do crime, além do homem conhecido como Índio, de 42 anos, que está foragido. “O Índio era o líder do bando e é o único que está foragido. Estamos a procura dele”, acrescentou o delegado.

Considerado o líder do bando e principal mentor do assassinato de mãe e duas filhas no bairro Solar do Barreiro, em março de 2011, o suspeito Índio possui o nome de um homem que morreu em 2005 no Estado da Bahia. “O nome que ele usa não é dele. Não sabemos qual o verdadeiro nome dele ainda, pois essa é única identidade que temos dele. Após os assassinatos, ele desapareceu do bairro onde comandava o tráfico”, contou o delegado Antonio Harley.

De acordo com o policial, Índio e os outros envolvidos no crime serão indiciados por triplo homicídio qualificado por motivo fútil e de emboscada. “O crime foi planejado e as provas foram colhidas ao longo desses anos. A demora na investigação foi por conta de contradições que apareciam no meio do inquérito”, acrescentou o delegado.

Os outros dois suspeitos presos estão na Penitenciaria Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, e outro no presídio de Caeté. O menor cumpre medida sócio-educativa. (JC