Dentro de um carro, próximo ao portão da casa da filha, Neuza Maria Aquino, cobrava por justiça. A mãe de Tatiane Paula de Aquino, de 39, tentava entender as circunstâncias que a mulher foi assassinada, na madrugada desta quarta-feira (19), em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito do crime é o companheiro de Tatiane, que não foi localizado. 

O casal estava junto há cerca de 2 anos e tem um filho de 2 meses e meio. Nas últimas semanas, conforme a família, marido e mulher entraram em atrito por diversas vezes. 

"Eles se davam muito bem, mas ele resolveu separar e ficava mandando minha filha para fora de casa, sendo que eles têm um bebê. Ontem, minha filha disse: 'mãe, ele está tão bonzinho comigo'. Ele melhorou para acabar com a vida dela depois", contou dona Neuza.

Segundo a dona de casa, a filha já havia sido agredida pelo marido ao menos uma vez. "Ele mexia com armas, e eu mandei ele sumir com a armas porque tinha uma criança em casa. Ele é perigoso, tem que prender esse homem, ele é doido, gente", afirmou. 

Tatiane deixa quatro filhas de relacionamentos anteriores, além do garotinho que teve com o suspeito. Ainda conforme os familiares, o sonho do homem era ter um menino. 

"Ele disse que era doido para ter um filho e ela deu um filho para ele. E ele acabou com a vida da minha filha. Ela tem uma filha de 20 anos, uma de 14, outra de 8, mais uma de 3 e o bebê. Eu não sei o que vai ser da minha vida para cuidar dessas crianças. Tem que prender esse homem", finalizou a mãe da vítima. 

Tatiane foi encontrada na varanda de casa com lesões no rosto e um líquido branco saindo pelas vias áreas. O filho do casal estava chorando em um colchão dentro do imóvel. A criança não apresentava ferimentos. 

Quem souber alguma informação do suspeito pode entrar em contato pelo Disque Denúncia 181 ou pelo 190, telefone da Polícia Militar. O denunciante não precisa se identificar.