Um homem de 29 anos, conhecido no meio policial por diversos crimes, incluindo tortura, homicídios e participação em organização criminosa, é suspeito de matar a mulher em um bar no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. O crime foi na madrugada deste sábado (5/7).
As informações iniciais recebidas pela Polícia Militar indicavam que a mulher levou um tiro na cabeça. Ela foi encontrada com ferimento atrás da orelha. A dona do bar contou aos militares que ocorria um “pagode clandestino” em frente ao estabelecimento. Ela estava trabalhando quando a vítima e o companheiro pediram para usar o banheiro do segundo andar. O casal subiu, momento em que a mulher ouviu barulho de briga e, ao subir a escada, ouviu disparos de arma de fogo.
Os clientes que estavam no segundo andar desceram correndo. A dona do bar encontrou a vítima desacordada e com muito sangue em volta do corpo. Testemunhas disseram que a mulher estava com o companheiro e eles começaram a brigar por ciúme, momento em que o homem sacou a arma, apontou para a cabeça da companheira e atirou.
Nenhuma testemunha quis se identificar porque o homem “é conhecido por torturas e homicídios praticados contra pessoas que colaboram com a PM”. Segundo o boletim de ocorrência, o homem é conhecido por ser violento. Ele é temido por moradores do Aglomerado da Serra por ter passagens por tortura, porte ilegal de arma de fogo e tráfico. Ele é suspeito de integrar a Organização Terrorista do Arara (OTA), que impõe terror e medo no aglomerado. O homem teria cargo alto na facção e seria o “disciplinador” que faz parte do tribunal do crime, responsável por punições, torturas e mortes.
O corpo da mulher foi removido para o IML. Apesar das buscas pela polícia, o suspeito não foi encontrado.