Tranquilidade para população

Em 2 anos, 'Não Matarás' tem recorde de apreensão de armas em aglomerados de BH

Dado é referente às operações realizadas no aglomerado da Serra, Morro do Papagaio, Morro das Pedras e Complexo Alto Vera Cruz / Taquaril

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 06 de março de 2020 | 13:28
 
 
 
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Redução no número de homicídios, recorde em apreensão de armas e cumprimento de vários mandados de prisão. Esses são os resultados positivos da operação "Êxodo 20:13 - Não Matarás" realizada desde 2018 pela Polícia Militar em quatro aglomerados de Belo Horizonte. Nesta sexta-feira (6), 52 policiais estão empenhados na ação e tentam cumprir 30 mandados de prisão.

"Essa operação começou logo no início de 2018 em que nós fizemos um diagnóstico dos aglomerados da Serra, Morro do Papagaio, Morro das Pedras e Complexo Alto Vera Cruz / Taquaril e chegamos à conclusão da necessidade de uma estratégia específica no combate ao crime de homicídio e também ao tráfico de armas e de drogas. A maioria dos homicídios acontecia nesses aglomerados, então desencadeamos a operação Êxodo 20:13, que faz referência ao mandamento Não Matarás com foco principalmente na prevenção de homicídios", explicou o tenente-coronel Fábio Almeida, comandante do 22º Batalhão.

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Segundo ele, ações são realizadas todos os dias nas vilas, mas, de sexta-feira a domingo, há prioridade na operação, uma vez que a tendência de assassinatos aumenta. Durante a Não Matarás são cumpridos mandados de busca e apreensão em residências, ocupação físicas dos aglomerados, blitz e trabalho de inteligência para identificação e localização de criminosos.

"Depois de dois anos já tivemos resultados históricos. Apresentamos os menores números de homicídios desde 1993, quando teve a criação do batalhão. Antes tínhamos uma média de um homicídio a cada dois dias, e hoje chegamos a uma média de 50 homicídios nos quatro aglomerados durante o ano inteiro", detalhou o policial.

Segundo ele, o ano em que mais teve assassinatos nos aglomerados foi em 2002: um total de 175 homicídios. Em 2017, um ano antes do início da operação, foram 89 mortes violentas. Em 2018 o número caiu para 55, e, em 2019, 54 registros. 

"Temos um número recorde de apreensão de armas de fogo. Uma média de mais de uma arma de fogo apreendida por dia. Em 2018 foram 361 armas recolhidas. Em 2019, 389 de todos os calibres. A operação vai continuar, e a gente conta com a ajuda da população com as denúncias anônimas. Trabalhamos com a comunidade, boa parte dos mandados de busca e apreensão em imóveis e das informações que sunsitam são repassadas pela população de bem que reside nos aglomerados. Reiteramos a importância do Disque-Denúncia", finalizou o comandante.
 

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