Após reunião com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, na tarde desta terça-feira (18), representantes de bares, restaurantes e lojistas da capital não receberam uma previsão do chefe do Executivo sobre avanços na reabertura do setor.
“Nós reivindicamos primeiro a abertura para almoço. Ele prometeu estudar, mas não garantiu nenhuma data. E nós estamos na expectativa de que nem semana que vem vá abrir, a não ser que tenha uma surpresa muito grande nos números – que estão estabilizados, estão em baixa –, mas o prefeito foi firme em sua decisão. Ele espera os números e pode nos chamar na semana que vem para poder anunciar uma data de reabertura de bares e restaurantes”, disse Paulo Pedrosa, presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes de BH.
Pedrosa informou que a entidade não vai acionar a Justiça. “Nós saímos daqui tranquilos, não vamos judicializar, não é a pressão que resolve, é o diálogo”, explica.
Os representantes de bares e restaurantes apresentaram ao prefeito o pedido da abertura pelo menos nos horários do almoço, mas, segundo Pedrosa, o prefeito vai analisar a proposta, mas não deu garantias. “Essa é a primeira demanda que esperamos ser atendida”, diz.
Quebradeira
Segundo o presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes, vários estabelecimentos não vão reabrir, por causa da perda de lucros. “Nós temos cerca de 1.200 empresas, entre espetaria, bares, restaurantes, lanchonetes, que não vão reabrir. Entre hotelaria e gastronomia, temos entre 15 mil pessoas que vão perder o emprego”, disse.
Lojistas
O presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte, Nadim Donato, disse que pediu ao prefeito uma maior flexibilização e ressaltou prejuízos no setor. “A ideia do sindicato é sempre monitorar a prefeitura com números. O comércio está vendendo cerca de 30% do faturamento mensal. É importante abrir três dias, mas viemos pedir uma abertura maior. Pedimos a abertura ‘4 por 3’, de terça a sexta-feira. Também pedimos a abertura no horário do almoço, porque nossos funcionários não têm onde almoçar", disse Nadim.
O representante dos lojistas acredita que, diante dos números, o prefeito pode anunciar uma flexibilização maior a partir desta semana. “O prefeito não prometeu, porque ele se baseia nos números de hoje e amanhã, mas deve anunciar algo na quinta-feira”, disse o presidente do Sindlojas.
Nadim Donato revelou que cerca de 7.000 lojas não vão reabrir, e 22 mil empregos foram perdidos no setor desde o fechamento.