Um empresário foi preso na manhã desta sexta-feira (15), no Norte de Minas, suspeito de envolvimento com fraudes no seguro DPVAT (seguro obrigatório). Nessa quinta (14), um policial civil também foi detido sob suspeita de participação nos mesmos crimes. Os dois estão presos em Montes Claros.

Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha que teria fraudado pelo menos R$ 28 milhões e que foi desarticulada na operação "Tempo de Despertar", realizada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público, a Corregedoria da Polícia Civil e a Polícia Militar de Minas Gerais, em 13 de abril deste ano.

Ao todo, cerca de 220 policiais federais atuam na operação nos seguintes Estados: Goiás, Espírito Santo, Bahia, Brasília e Minas Gerais. Entre os envolvidos estão servidores públicos, policiais civis e militares, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas e agenciadores de seguros.

De acordo com a investigação da PF, em parceria com o Ministério Público, a Corregedoria da Polícia Civil e a Polícia Militar de Minas Gerais, o grupo se utilizava de vários métodos para fraudar o seguro DPVAT, dentre as quais como o ajuizamento de ações judiciais por escritórios de advocacia sem conhecimento e autorização das vítimas.

Segundo a PF, eles falsificavam assinaturas em procurações e declarações de residência falsas. O grupo também, ajuizava ações, de forma simultânea, em comarcas distintas, sem relação com o local do acidente e sem que as vítimas tivessem conhecimento do ajuizamento da ação.

Os suspeitos poderão responder judicialmente pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva e facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.