Pampulha

Empresas se inscrevem para manejo de capivaras 

Destino final dos animais que serão recolhidos da orla da lagoa, porém, ainda não foi definido

Por Bárbara Ferreira
Publicado em 25 de fevereiro de 2014 | 22:49
 
 
 
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As inscrições para as empresas interessadas em fazer o manejo das capivaras que vivem às margens da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, terminaram ontem, mas o local para onde elas serão levadas depois do período de quarentena ainda é indefinido. A estratégia usada pela Secretaria de Meio Ambiente é retirar os carrapatos dos animais, fazer uma triagem e tentar provar para instituições interessadas que os exemplares que sobrarem estão saudáveis e não oferecem riscos de infecção.

Ao todo oito empresas se inscreveram. Não há licitação para o processo de análise das concorrentes, que será feito pela secretaria. O vice-prefeito da capital, Délio Malheiros, acredita que logo depois do Carnaval será possível assinar o contrato e fazer a retirada das capivaras. Elas serão levadas para uma área isolada dentro do Parque Ecológico, onde ficarão durante os exames. Não existe a possibilidade de entregar os animais para o Ibama, já que, segundo Malheiros, o órgão não tem área disponível para isso.

“A dificuldade agora é saber para onde levar os animais. Por mais que eu tenha tentado dizer que ainda não existe confirmação de nenhuma capivara contaminada, isso gerou um receio. As pessoas que já estavam dispostas a recebê-las desistiram”, explica Malheiros. Além disso, ele chama atenção para o fato de que as capivaras serão colocadas em quarentena, examinadas por especialistas, e somente as sadias serão encaminhadas.

Para o infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dirceu Grego, os riscos dependem da quantidade de carrapatos infectados, e isso aumenta em período secos. “O risco coletivo é pequeno, mas o individual pode ser grande. Agora, se pensarmos que tem uma grande quantidade de infecções disponíveis na Pampulha, percebemos que as contaminações não estão acontecendo”, explica.

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