Todas as sexta-feiras, o engenheiro Tiago Augusto Favarini, de 33 anos, seguia para uma reunião na Vale de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. No último dia 25, ele estava na empresa quando a barragem I da mina do Córrego do Feijão se rompeu e deixou pelo menos 134 mortos. 

"Nos outros dias da semana ele trabalhava na barragem em Congonhas e nas sextas seguia para Brumadinho para essa reunião de equipamentos", explicou o irmão da vítima Alexandre Favarini. 

O engenheiro deixou um filho de um ano e meio e mulher. "É muito ruim porque a mulher dele ficou sozinha com o filho na cidade de Ouro Branco, onde eles moravam. Minha mãe ainda está muito abalada com a perda do meu irmão. A família toda está transtornada", contou Alexandre. 

Apesar da dor, a família disse que ficou consolada com ao menos encontrar o corpo do engenheiro e poder enterrá-lo. "Muita gente não vai encontrar nem o corpo. É um absurdo construirem um centro administrativo e refeitório abaixo da barragem", lamenta.