Barão de Cocais

Evacuação é necessária para evitar novas tragédias, diz procurador do MPF

José Adércio Leite Sampaio diz que as medidas estão acontecendo porque os órgãos competentes passaram a cobrar mais transparência da Vale

Por Adriana Ferreira
Publicado em 23 de março de 2019 | 10:13
 
 
 
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O procurador da República José Adércio Leite Sampaio, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que investiga o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana, diz que as evacuações, como a de Barão de Cocais, na região Central, estão acontecendo agora porque os órgãos competentes passaram a cobrar mais transparência e seriedade da Vale. Em Barão de Cocais, 428 pessoas já tiveram que deixar suas casas devido dos riscos da barragem Sul Superior, da mina de Gongo Soco, da mineradora.

"É lamentável o que temos assistido no Estado de Minas Gerais. A população deve estar se perguntando por que só agora isso está acontecendo. A resposta é simples. Porque o MPF juntamente com o Ministério Público de Minas Gerais passaram a cobrar tanto das autoridades públicas, mas principalmente da Vale, uma política de transparência, sobretudo uma atualização mais séria dos estudos de estabilidade a respeito de cada uma dessas barragens", afirmou Sampaio.

Segundo ele, apesar de "todos os inconvenientes de uma evacuação", a medida é fundamental para evitar tragédias como as de Mariana e Brumadinho. O procurador, no entanto, ressaltou que a situação é crítica. "A sociedade deve estar atenta e acompanhar essas medidas. Tudo está sendo feito para que não haja um rompimento. Mas repito: por uma política reiterada por parte da Vale, de um controle muito superficial, para não dizer de um faz de conta, a situação realmente é crítica".

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