VOLUNTÁRIA

Ex-moradora de rua transformou a dor do passado em amor

Violentada e agredida nas ruas quando ainda era uma menina, Helena hoje ajuda pessoas que moram nas ruas da capital

Por JULIANA BAETA
Publicado em 22 de março de 2015 | 03:00
 
 
 
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Ela nasceu como Irani de Almeida Prata, mas prefere ser chamada de Helena, nome que adotou após abrir uma agência de namoro há cerca de 15 anos. Aos 61 anos, Helena passa os dias confabulando ideias e colocando em prática ações para ajudar os moradores de rua, experiência que conhece bem, já que também morou na rua em duas ocasiões, quando ainda era uma menina.

"Fui estuprada na rua, fui humilhada. E é por isso que eu tento ajudar essas pessoas hoje. Eu sei que elas não têm culpa, assim como também não tive. Fui deixada ainda criança em BH por um parente que trouxe minha mãe e meus irmãos de Governador Valadares para cá. Não tínhamos nada. Na segunda ocasião, eu fui para a rua depois de perder a minha mãe, e a dona da casa que ficávamos despejou eu e minha irmã, quando eu tinha 13 anos e ela 15", lembra.

Mesmo com problemas de saúde e recebendo uma aposentadoria de cerca de R$ 600 mensais, Helena levanta cedo todos os domingos para preparar alimentos que leva a moradores de rua da cidade no mesmo dia. "Antes eu tinha condições de dar mais coisas, e de preparar. Hoje é mais difícil pra mim descascar batatas, essas coisas, então eu levo sanduíches, sucos, coisas assim. Mas sinto que o que eles mais gostam é do abraço", conta.

Conheça um pouquinho da história de Helena, assistindo ao vídeo abaixo:

 

 

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