Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma mulher que havia acabado de retirar uma cesta básica em um supermercado da avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte, reclama do preço e da qualidade dos produtos que estavam nela, além da falta de produtos de higiene. O estabelecimento informou que houve um erro no valor de cada item, mas o total não se altera.
Ao abrir a cesta, a autora da publicação se depara com o cupom fiscal, e considera alguns valores cobrados exagerados. "Esta é a cesta que está sendo doada pelo prefeitura de Belo Horizonte. Se vocês observarem bem, o arroz que estão colocando, estão cobrando R$ 21,39 no pacote. O valor do açúcar, R$ 12,64. Ou seja, o total da cesta, R$ 71,90", diz.
"No site da prefeitura fala que vem itens de higiene, como sabonete, água sanitária, sabão e biscoito. Só que nessa cesta não veio. A intenção desse vídeo é divulgar que o preço estar quase 50% acima do normal. Nem é um Prato Fino, é um arroz bem inferior. O feijão também é inferior. Ajuda, na necessidade tudo ajuda", afirma a mulher, que não foi identificada. Veja:
Resposta
Em nota, o Grupo Super Nosso, dono do Apoio Mineiro, afirmou que, com relação ao preço dos produtos da cesta básica que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fornece para públicos vulneráveis, houve um erro no rateio dos valores do cupom fiscal, porém, isso não prejudica em nada, já que o valor final é o mesmo do mostrado no vídeo: R$ 71,88.
"Na emissão do cupom dois produtos (arroz e açúcar) estavam com valores mais altos e outros três saíram com preços bem mais baixos (leite em pó, feijão e extrato de tomate). Contudo, o valor final se manteve a R$71,88 e a pessoa recebeu os 12 produtos citados abaixo. É importante também destacar que o contrato entre a PBH e o Super Nosso não prevê o fornecimento dos kits de higiene. A falha já foi identificada nos sistemas, com ajuste de todos os preços dos produtos", diz.
Já a PBH esclareceu que a cesta básica possui 12 itens, e ela foi adquirida pela prefeitura pelo valor unitário de R$71,88 em todos os quatro fornecedores. "Esse preço está abaixo do mercado e somente foi viável após negociação, pois os orçamentos iniciais variaram de R$ 99,80 a R$75,66. Se o usuário for ao supermercado para comprar os produtos da cesta diretamente, o preço seria cerca de 30% maior", informou.
Já sobre os kits de higiene, esse é um outro item, e que está previsto para 57 mil famílias inscritas no cadastro único que residem em vilas e favelas. Já as cestas são disponibilizadas para 240 mil famílias.