História

Farinhas de milho e mandioca podem se tornar patrimônio cultural de Minas

Estudo vai identificar e inventariar os locais de produção, produtores e produtos, que são base da alimentação de grande parte dos mineiros

Por Da redação
Publicado em 11 de outubro de 2019 | 19:35
 
 
 
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O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) iniciou uma pesquisa sobre a produção das farinhas de milho e mandioca. Objetivo é reconhecer os produtos como patrimônio cultural do Estado.

O estudo, que deve ser concluído no final de 2020, vai identificar e inventariar os locais de produção, produtores e produtos, que são base da alimentação de grande parte dos mineiros.

Para a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, a pesquisa trata-se de um desdobramento do inventário do rio São Francisco, de 2014, em que se pode identificar uma série de práticas culturais vinculadas à cultura alimentar naquela região. “A partir de então, colocamos como prioridade o aprofundamento de tais práticas culturais que são centrais em relação aos modos de vida e suas especificidades no território de Minas Gerais", disse.

A primeira etapa do projeto será a realização de um cadastro dos produtores e casas de farinhas de Minas Gerais por meio de um formulário. A expectativa do Iepha é que prefeituras, pesquisadores e a sociedade em geral participem desse levantamento de forma colaborativa por meio do preenchimento do cadastro disponível no site.

História

Em Minas Gerais as farinhas de mandioca e de milho são bases da alimentação de muitas pessoas e está enraizada nas receitas. Nos moinhos e casas de farinha, que são os locais de produção, são base do sustento de muitas famílias e comunidades.

Segundo o Iepha, a importância desses saberes e espaços, associados a outros estudos já realizados, motivou o instituto a iniciar as pesquisas para identificar os Moinhos de Milho e as Casas de Farinha como patrimônio cultural de Minas Gerais.

Para o diretor de Proteção e Memória do Iepha-MG, Fernando Pimenta, a cozinha tradicional local é parte fundamental da nossa identidade, pois conserva a memória do que fomos e somos. “A abertura do cadastro das farinhas em Minas Gerais constitui um passo fundamental para a proteção dessa manifestação cultural com vistas, inclusive, a fortalecê-la diante da dramática disputa de mercado”, afirmou.

Serviço

O quê: Cadastro dos moinhos de milho e casas de farinha para o Inventário da Cultura Alimentar relacionada às Farinhas de Milho e Mandioca em Minas Gerais.
Quando: a partir de 08/10/2019
Local: iepha.mg.gov.br

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