RESPEITO

Festa reúne vários blocos para celebrar a diversidade em BH

Término do carnaval não foi empecilho para centenas de pessoas se reunirem na tarde deste sábado e celebrarem a diversidade no bloco Fecha a Santa na praça da Estação, no centro da capital

Por LETÍCIA FONTES
Publicado em 11 de março de 2017 | 19:35
 
 
 
normal

Os belo-horizontinos parecem não querer colocar em prática a canção de Marcelo Camelo que diz que “Todo Carnaval tem seu fim”. Oficialmente, o cortejo acabou. No entanto, o término da festa não foi empecilho para centenas de pessoas se reunirem ontem e celebrarem a diversidade no bloco Fecha a Santa na praça da Estação, no centro da capital.

Unindo os blocos Sapa Janga, Alô Abacaxi, Corte Devassa, Garotas Solteiras e Puf Tictá, a ideia do ato surgiu como uma brincadeira ao tradicional bloco Vira o Santo, que, desde 2009, encerrava o Carnaval na cidade. O objetivo do Fecha a Santa foi também dar visibilidade à comunidade LGBT e cobrar o fim da intolerância. “Nós somos um movimento de militância, de gênero e diversidade, então, nada melhor que fechar um cortejo com os gays. Fechamos literalmente a festa”, brinca o organizador do Alô Abacaxi e colaborador da Frente Autônoma, Bruno Perdigão, 29.

Atento à importância do combate ao preconceito para além do Carnaval, o vocalista de dois dos blocos, Rafael Ventura, 27, destacou o papel do cortejo na cidade. “É uma tarefa diária não só de dar visibilidade à diversidade, mas de educar a população sobre nossa existência. O respeito e o fim da intolerância são valores que são para a vida. Não só no Carnaval”, ressalta.

Festa

Ao som de marchinhas, músicas pops e o que mais os foliões pedissem, desde o início da tarde, os cinco blocos, que comandaram o cortejo, animaram os foliões em cima de um carro de som. A festa só tinha uma regra: só não valia cantar ou pedir músicas com letras homofóbicas e machistas. Um caminhão-pipa ajudou a refrescar o calor dos animados foliões.

Se a proposta de ambiente sem homofobia foi a responsável por levar diversos foliões ao bloco, a secretária, Rafaella Oliveira, gostou mesmo foi das novas leituras das músicas que animaram os foliões.

“As músicas são diferentes, e tem várias mensagens de empoderamento. Estava esperando o ônibus, mas resolvi vir e ficar um pouco mais”, contou. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!