Fé, união e esperança de tempos de paz. Esse é o sentimento que representa o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, para centenas de fiéis que foram à 39º missa na Praça da Cemig, em Contagem, na região metropolitana, para prestar suas homenagens nesta quinta-feira (12 de outubro). 

“Pedimos pelo cessar-fogo nas guerras que estamos vendo no mundo, como na Ucrânia e em Israel. Crianças que estão sendo mortas pelas guerras não só no Oriente, como crianças mortas físicas e psicologicamente pelos abusos que acontecem até dentro de nossas casas. Mulheres que são desrespeitadas e pessoas que são discriminadas, que todos nós cresçamos na consciência de necessária caminhada juntos”, clamou Dom Nivaldo dos Santos Ferreira, durante solenidade nessa manhã. 

O clamor do religioso também foi entoado por fiéis que acompanharam a solenidade. O professor aposentado, Agostinho Marques, de 64 anos, pediu por tempos de paz. “Estamos vivendo tempos de guerra e a fé é a única capaz de nos guiar para tempos de paz”, disse. 

A missa também é momento de agradecimento e emoção. A pedagoga Lúcia de Fátima, de 60, se emocionou durante as celebrações. Ela conta que foi alvo de um milagre de Nossa Senhora Aparecida. “Fui curada de um câncer de mama. Minha mãe pediu e tive a cura concedida. Desde então não deixo de vir aqui porque a fé é tudo para mim” disse em meio às lágrimas. 

O seminarista Caio Barros, de 20, aproveitou o dia para agradecer pelas bençãos. Junto com um grupo de 20 pessoas, ele caminhou 18 km para estar na solenidade. “Saímos de Betim às 3h30 e caminhamos em meio aos carros para agradecer. Faço isso há quatro anos e ano que vem quero fazer novamente porque é essencial esse momento de agradecimento”, comemorou. 

Missa em Libras 

Inspirada no Ano Vocacional 2023, a 39º edição da Celebração Eucarística dedicada à Nossa Senhora Aparecida teve como tema “Maria, ensinai-nos que vocação é graça e missão” e reuniu centenas de pessoas para um especial momento de fé e devoção. Neste ano, a Celebração contou com tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

Segundo Dom Nivaldo, a novidade é fruto de um pedido do Papa Francisco para acolhimento dos “excluídos”. “Maria é a mãe dos descartados, hoje oramos para que pessoas portadoras de deficiência e por pessoas que carecem de serem incluídas. As pessoas valem independente da sua condição física”, disse.

As celebrações em homenagem à padroeira do Brasil seguem durante todo o dia, com missas, procissões e solenidades. A programação completa está no site da arquidiocese de Belo Horizonte.