Crime na Grande BH

'Foi doído', diz irmã sobre ver o PM suspeito de matar homem na Vila Barraginha

Pela primeira vez, desde o crime, Daniele Vieira Lima ficou frente a frente com o suspeito de executar o irmão; audiência foi realizada nesta quarta

Por Vitor Fórneas
Publicado em 08 de março de 2023 | 19:12
 
 
 
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Chegou ao fim a primeira audiência de instrução do caso que apura a morte de Marcos Vinícius Vieira Couto, de 29 anos. O homem foi morto durante uma abordagem policial no bairro Vila Barraginha, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 16 de julho de 2022. Pela primeira vez, desde o crime, Daniele Aparecida Vieira Lima ficou frente a frente com o suspeito de executar o irmão.

A audiência aconteceu no Fórum de Contagem, nesta quarta-feira (8), e Daniele contou sobre o que sentiu ao ver de tão perto o policial militar. “Eu já tinha visto ele uma vez, quando passou lá na vila depois do crime. Na época, até cheguei a correr atrás da viatura. Frente a frente nunca havia o encontrado. Foi como se tudo estivesse acontecendo naquele momento. Foi doído”, afirmou.

Daniele acompanhou toda a audiência e revelou que a mãe não “aguentou” ficar. “Acredito que deu para provar que meu irmão era inocente. O policial caiu em contradição, gaguejava e tremia. Estava bastante nervoso. Em nome de Jesus, a Justiça será feita e eu creio que tudo vai dar certo”.

Saldo positivo, diz defesa  

Durante a audiência, foram ouvidos o policial militar, acusado de matar Couto, além das testemunhas de acusação e defesa. O advogado Berlinque Cantelmo é o responsável por defender o policial e afirma que o saldo foi “extremamente positivo”. “Várias questões que foram apresentadas pela família ao longo dos último meses, tanto para a mídia quanto para o Ministério Público, caíram por terra na audiência”, comentou.

Cantelmo ressaltou que foi evidenciado que Couto (a vítima) teria envolvimento com o tráfico de drogas e que era uma pessoa violenta, por ter, segundo ele, histórico de agressão no ambiente familiar. “Ficou claro que ele agredia a esposa. Saímos com a crença de que as contradições da acusação podem contribuir para o juízo equilibrado”.  

O advogado explicou que, agora, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai apresentar as alegações finais sobre o caso e que, no máximo, em 60 dias a sentença deverá ser divulgada.

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