O prefeito Alexandre Kalil garantiu nesta segunda-feira (3) que irá recuperar a cidade e rebateu as críticas da demora das obras na avenida Tereza Cristina em comparação com as reparaçoes realizadas na Praça Marília de Dirceu, no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital.
O prefeito afirmou em coletiva de imprensa que a praça Marília de Dirceu foi priorizada durante os trabalhos de reconstrução por ser um lugar por onde passam muitas pessoas diariamente. “Assim como a Tereza Cristina", disse Kalil.
"Sabemos da aflição da população e vamos fazer o humanamente impossível. Vamos arrumar todos os lugares, cada local tem sua importância dentro do planejamento da Sudecap e BHTrans. Lá (Praça Marília de Dirceu), são 90 mil pessoas que passam pelo transporte público, o morador ali tem carro, não tem problema nenhum. Mas ali é um aglomerado de luxo, que os funcionários chegam para trabalhar. São 90 mil pessoas transitando naquela região. Nada foi feito de orelhada”, afirmou o prefeito de BH.
O chefe do executivo ressaltou ainda que não liga para as críticas no WhatsApp e reforçou que não é possível realizar um “milagre”. Nos últimos dias, um vídeo apócrifo foi enviado por WhatsApp para moradores de Belo Horizonte com críticas à gestão de Kalil.
A promessa do prefeito é que até o próximo dia 15 a força-tarefa montada pela prefeitura permaneça nas ruas da capital com maquinários pesados.Segundo Kalil, a cidade continua em estado alerta. Os funcionários mobilizados são lotados na Secretaria Municipal de Obras, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Defesa Civil, BHTrans, Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania e Secretaria de Saúde.
Alerta. De acordo com a PBH, o alerta de risco geológico continua nos bairros Jardim Alvorada, Novo Lajedo, Izidora, Cercadinho e Vila Cemig. Só neste domingo (2) cerca de 40 famílias foram retiradas de áreas de risco. Desde a última sermana, 22 equipes da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) trabalham nas comunidades em atividades de prevenção.
“Não desmobilizou nada. Não tem um a máquina que voltou no pátio”, afirmou. "Peço desculpa, mas dessa vez não pude segurar o que está vindo do céu”, concluiu o prefeito. Cerca de 40 mil doses de vacina contra hepatite A foram distribuídas para os postos de saúde
Milagre. De acordo com Kalil, somente um milagre poderia livrar a população dos estragos vistos após os últimos temporais. "Só se o Estado pegar o projeto que ele tem de 2013 e fazer, porque Belo Horizonte já fez – são duas bacias de contenção em Contagem e arrumar o córrego Ferrugem, desassorear ele", destacou. "Você está me cobrando o quê? Um milagre? Estou com a concorrência da Tereza Cristina pronta, com ganhador e com tudo pra entrar. Eu não posso entrar agora (por causa das chuvas). O dia que eu entrar (com o maquinário), em 20 dias (a via) estará pronta", completou.
Ainda não há uma estimativa de quanto foi gasto pela PBH nos reparos dos estragos causados pela chuva. A prefeitura estuda a construção dos chamados “piscinões” para evitar enchentes e alagamentos. A medida, segundo o prefeito, será a marca de uma nova era no tratamento das cidades com desastres naturais.
Já as obras para solucionar os problemas da avenida Vilarinho, em Venda Nova, estão previstas para março e abril. “Nós vamos iniciar essa nova era com o que já está sendo feito água não correr com velocidade água ser estancada em um tipo de piscinão moderno que nós vamos começar, se Deus quiser, em março. Quero uma seca a partir de março”, brincou o prefeito.