Programa do Estado

Galeria do Ouvidor poderia funcionar se BH aderisse ao Minas Consciente

Município fica na macrorregião de Saúde Centro, que está na onda amarela do programa, podendo abrir lojas como salões de beleza e livrarias

Por Da Redação
Publicado em 05 de junho de 2020 | 13:49
 
 
 
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Caso Belo Horizonte tivesse aderido ao programa do governo do Estado Minas Consciente, a Galeria do Ouvidor, no Centro da capital, poderia abrir as portas, segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), João Pinho, explicou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5). 

“Os protocolos criados pelo Minas Consciente são para shopping centers e para grandes galerias comerciais, como é a Galeria do Ouvidor”, explicou Pinho. Nessa quinta-feira (4) o governo de Minas anunciou que lojas de shopping podem abrir seguindo a etapa em que cada município se enquadra no programa. Ou seja, se um município está na onda amarela no programa e lojas de calçado na rua podem abrir, as lojas do tipo em shoppings também podem.   

Nesta semana, lojistas da galeria protestaram pedindo reabertura dos estabelecimentos no local, que não foi incluído na última lista de estabelecimentos com abertura permitida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, a prefeitura esclareceu que não pretende aderir ao programa Minas Consciente e que a abertura da Galeria do Ouvidor ainda não está prevista, pois depende dos índices da pandemia no Estado. A capital fica na macrorregião de Saúde Centro, que está na etapa da onda amarela do programa, que permite abertura de locais como livrarias e salões de beleza.

Pinho também argumentou sobre a decisão do Estado em permitir abertura dos shoppings: “O principal fator para permitir essa abertura foi jurídico, o princípio de isonomia. Temos que tratar semelhantes da mesma forma. Imagine uma região que está na onda branca e pode abrir lojas de móveis. (Sem a mudança), uma loja na rua estaria dentro disso e a do shopping não. Isso é quebra de isonomia entre os dois lojistas”. Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, a abertura vale a partir de sábado (6), com publicação da mudança no Diário Oficial do Estado. 

O chefe de gabinete também disse que a temperatura das pessoas será medidas antes que entrem nos shoppings e que haverá limite de pessoas no local. Atividades de entretenimento não poderão funcionar nos centros de compra. “O cidadão vai entrar no shopping, ir em direção à loja, comprar e sair”, pontuou. 

Taxa de transmissão do coronavírus em Minas diminui, mas secretário lembra que número muda constantemente

Questionado sobre o risco de abrir esse tipo de local em áreas onde a taxa de transmissão da Covid-19 é maior, Pinho justificou que esse é apenas um fator levado em consideração na tomada de decisão do governo pela abertura de setores.

Ele também alertou que a taxa de transmissão da doença é dinâmica e muda constantemente, tendo passado para 1,22 na quinta-feira, de acordo com dados da SES-MG — diminuindo, em comparação ao último dado fornecido pela secretaria, na segunda-feira (1º), quando era de 1,42. Isso significa que, atualmente, dez pessoas doentes infectam pelo menos outras 12 no Estado, e não mais 14, como no início da semana. 

Pinho lembrou, ainda, que a taxa de isolamento no Estado está abaixo do ideal. No final de março, a taxa de isolamento batia em 70%, mas vem diminuindo, conforme ele explicou. "Cada vez que a diminui o isolamento, fica mais suscetível a contrair a doença", apontou. 

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