Deliberação

Governo de Minas libera funcionamento de lavanderias, petshops e call centers

A medida, adotada pelo comitê que acompanha a Covid-19, foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 27 de março de 2020 | 13:20
 
 
 
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O governo de Minas Gerais decidiu nesta sexta-feira (27), por meio de deliberação do Comitê Extaordinário da Covid-19, autorizar o funcionamento de mais cinco estabelecimentos e serviços durante a pandemia do novo coronavírus. Pela norma publicada no Diário Oficial, lavanderias, assistência veterinária, pet shops, transporte e entrega de cargas em geral e serviços de call center podem retomar as atividades no Estado.

Para voltarem a funcionar, os estabelecimentos devem seguir algumas normas como a intensificação das ações de limpeza, disponibilização de produtos de assepsia aos clientes, manutenção de distanciamento entre os consumidores e controle para evitar a aglomeração de pessoas, além de divulgação das medidas de prevenção e enfrentamento da pandemia.

Na semana passada, em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) decretou a suspensão, por tempo indeterminado, de atividades de empresas de teleatendimento e central de telemarketing. O descumprimento da medida poderia levar à cassação do alvará do empreendimento. A decisão foi motivada pelo "potencial de aglomeração e proximidade de pessoas nos locais de prestação desses serviços".

Nesta sexta-feira, a reportagem procurou a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte para um posicionamento do prefeito sobre a medida adotada pela gestão de Romeu Zema (Novo), mas foi informada de que Kalil não se manifestaria "a princípio". 

Até o momento só poderiam funcionar no Estado, pelo decreto anterior do governo, distribuidoras de gás e de combustíveis, postos de gasolina, oficinas mecânicas e borracharias, restaurantes em pontos ou postos de paradas nas rodovias, agências bancárias e similares, cadeia industrial de alimentos e atividades agrossilvipastoris e agroindustriais.

Sindicato é contra

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telefonia (Sinttel), Landstone Timóteo Filho, criticou a medida do governo. Segundo ele, "é uma questão de mercado impondo determinações sobre as vidas das pessoas de uma forma muito fria". 

"A diretoria da entidade vai reunir para poder avaliar essa questão desse retorno porque impacta muito na questão sanitária. É muita gente dentro de um prédio, é muita gente mesmo, então acho que as medidas que foram adotadas elas têm que ser cumpridas, mas isso é muito ruim", afirmou.

O sindicalista, entretanto, ressaltou que alguns serviços como os dos planos de saúde são essenciais neste momento devido à alta demanda, mas outros que atuam como televendas não seria prudente voltar às atividades. 

A reportagem procurou o governo para um posicionamento, mas ainda não obteve retorno.

 

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