A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Minas Gerais emitiu nota cobrando a apuração da conduta dos policiais envolvidos na morte de um homem na Vila Barraginha, em Contagem. O caso ocorreu na noite deste sábado (16), durante uma ação da Polícia Militar no local.
Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver o momento em que o homem, chamado de Marquinho pela corporação, é baleado com três tiros. A PM justifica a ação argumentando que ele teria tentado dar um tapa na cara e tomar a arma de um dos policiais. Assista:
Conforme a comissão da OAB, a morte neste sábado foi a terceira execução feita por policiais em duas semanas. Na nota, a Comissão de Direitos Humanos afirma que relatos de moradores indicam que Marquinho e os outros dois mortos não aceitaram valores de “suposta corrupção cobradas e devidas aos policiais”. “Fatos estes que por si constituem-se como gravíssimos e que exigimos que sejam investigados rigorosamente”, diz o comunicado enviado à imprensa.
O caso está sendo acompanhado por uma advogada da comissão que já acionou o Ministério Público e a Ouvidoria da Polícia. A PM afirma que o militar que matou o homem se apresentou à sede do 39º Batalhão, teve um auto de prisão em flagrante lavrado e teve a arma apreendida.
A reportagem questionou a PM sobre as acusações envolvendo pagamentos de propina. Em nota, a corporação não respondeu às denúncias apresentadas na nota da OAB. A PM ressaltou, no entanto, que "possui a menor letalidade policial entre os demais Estados da Federação, o que demonstra serem exceção ações com uso de força letal pela instituição".
O comunicado ainda afirma que "em todas as ações policiais, sobretudo as que há letalidade, medidas de polícia judiciária militar são adotadas de imediato, sendo acompanhadas pela Corregedoria da corporação, além de outros órgãos de fiscalização externa", finaliza o texto.