A Guarda Municipal de Belo Horizonte realizou neste final de semana ações para combater o uso de linhas cortantes na cidade. A principal preocupação é com a chamada ‘linha indonésia’, que tem mais potencial de corte do que a linha ‘chilena’ e do que o ‘cerol’.

De acordo com a Guarda, foram apreendidas 40 latas de linha cortante somente na região do Barreiro, em Belo Horizonte, entre o sábado (21) e este domingo (22).

“Foi percebida a evolução do cerol para a linha indonésia, que em tese corta 10 vezes mais que o  cerol. Ela é mais resistente e corta mais do que a linha chilena”, explica o guarda municipal de classe distinta, Thiago Heleno.

O cerol é uma mistura de pó de vidro com cola branca que é aplicada na linha de algodão. A linha chilena substituiu o pó de vidro por pó de quartzo e a aplicação é feita com cola sintética. A evolução da linha indonésia é que ela é feita de um material sintético, o nylon, mais resistente do que o algodão usado nas versões anteriores.

“Ela ganhou uma resistência e um poder de corte muito maior. A linha indonésia tem um poder de deterioração muito maior”, afirma Heleno.

A ação da Guarda Municipal ocorre no sentido de prevenir acidentes e evitar mortes a partir do recolhimento do material e da conscientização das pessoas.

“É uma blitz educativa e administrativa, mas se a linha lesionar uma pessoa ou resultar em um homícidio, quem estiver soltando pipa com a linha responde criminalmente”, explica o guarda municipal.

De acordo com ele, a multa para quem vende linhas cortantes é de R$ 4 mil. Em caso de reincidência, o valor dobra. O estabelecimento comercial também pode perder o alvará de funcionamento. 

Thiago Heleno ressalta, no entanto, que quem comercializa as linhas cortantes pode, além das medidas administrativas, responder penalmente pelo ato.

“Caso for flagrada a comercialização, o vendedor pode incorrer em crime ambiental e de infração de consumo e pode ser conduzido para a Central de Flagrantes para responder por isso”, conclui Heleno.