Uma caixa de Toddynho virou caso de polícia. Depois de ter sido acusado injustamente de furto em um hipermercado no bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte, um homem, de 42 anos, chamou os militares para os seus acusadores.

"Me senti até mal. É um desaforo", alegou o auxiliar de limpeza Marcos Barreto de Oliveira. Ele se sentiu ofendido depois que uma segurança da unidade o acusou de estar furtando.

"Eles estavam me seguindo o tempo todo. Ouvi a segurança falar que eu estava em atitude suspeita. Resolvi ir embora e me impediram", disse.

Ainda segundo o homem, os seguranças o levaram para um depósito onde iria ser feita uma revista, mas ele recusou ser revisitado sem a presença do gerente e de policiais. 

"O gerente não foi até lá e eu chamei a PM", afirmou. Quando os militares chegaram, encontraram com o homem um pedaço de bacon e o resto de um pacote de biscoito que ele havia conseguido no albergue onde se abriga.

"Eu comprei o bacon e tenho a nota para provar", revelou o homem que chegou a Belo Horizonte há pouco mais de dois meses. "Sou de Goiânia. Cheguei e consegui um emprego aqui, resolvi ficar"', acrescentou.

Sem a comprovação do furto, a segurança e o homem foram encaminhados para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil 1, onde o caso será apurado.

Retorno

Às solicitações da reportagem, a assessoria de imprensa do Carrefour garantiu que tomará todas as medidas necessárias e que, até a apuração completa dos fatos, a segurança permanecerá afastada do trabalho. 

Leia a nota na íntegra:

"O Carrefour informa que, ao tomar conhecimento da denúncia, imediatamente afastou a profissional envolvida até que a apuração do caso seja concluída pelas autoridades. A empresa reforça seu respeito no atendimento a todos os clientes que frequentam suas unidades e garante que tomará as medidas necessárias".

Atualizada em 29/09/2018, às 9h48.