Para quem precisa viver nas ruas, a solidariedade da população e, principalmente, a atuação do poder público são a saída para conseguir o mínimo para sobreviver. Em BH, 80% da população de rua recorre à prefeitura para se alimentar. Mas as necessidades dessa população vão muito além da comida.
Para a coordenadora dos Serviços de Média Complexidade para População em Situação de Rua de BH, Camila Batista, não há uma solução simples para que alguém saia da situação de rua. “A pessoa precisa ter moradia. Para isso, precisa ter renda, trabalho. Para trabalhar, precisa estar com a saúde estabilizada. A solução tem que ser uma grande rede de proteção intersetorial”, avalia.
A coordenadora da Pastoral de Rua, Claudenice Rodrigues Lopes, diz que o principal são as políticas estruturantes. “A grande questão é moradia, renda, saúde. Enquanto isso não chega, o mais difícil é o acesso a água e banheiro público e o preconceito”, afirma.