Um adolescente de 17 anos assassinou a ex-namorada, 18, a paulada e pedrada em um matagal do município de Conceição do Pará, região Centro-Oeste de Belo Horizonte, nessa quinta-feira (17). 

Poucas horas após o crime, ele confessou o crime e foi apreendido, assim como seu comparsa no homicídio, outro jovem com a mesma idade. Há ainda um terceiro suspeito de participação no assassinato, um homem de 31 anos que está desaparecido desde a morte da garota.

Ciúme do relacionamento da garota com um morador de Pitangui, outro município na mesma região, e as supostas investidas dela para ocupar a boca de tráfico do ex-namorado são apontadas por este suspeito como as razões para assassiná-la. Segundo a Polícia Militar, circularam mensagens de áudio no WhatsApp após o assassinato e, nelas, ele relata detalhadamente como matou a menina. 

Confissão

Na manhã de quinta-feira (17), a Polícia Militar recebeu um chamado a respeito de um corpo encontrado em meio a uma vegetação. Ao chegar no lugar apontado, perceberam o corpo da garota, bastante ferido. Poucos minutos depois, os agentes receberam algumas informações e chegaram até os dois adolescentes, suspeitos do crime. O autor, ex-namorado da vítima, confessou tê-la matado. 

O amigo teria atraído a jovem para um matagal, e lá o suspeito desferiu o primeiro golpe com pau na garganta da mulher. De acordo com ele, ela caiu agonizando e, então, ele pegou uma pedra que lá estava e a atirou na cabeça dela. Poucos segundos depois, a mulher morreu.

Ainda não há muitos detalhes sobre qual a participação do homem de 31 anos no homicídio, mas a Polícia Civil informou que foi expedido um mandado de prisão contra ele, e agentes tentam encontrá-lo. 

Disputa

À polícia, o adolescente contou que sua ex-namorada começara recentemente a vender drogas na cidade e, ao lado de seu atual, ela planejava tomar sua boca de tráfico e matá-lo. Assim, ele disse aos agentes que "era mais esperto" e, por isso, a teria assassinado antes que ela o executasse. 

Este menor de idade possui oito passagens anteriores pela Justiça: são duas por roubo, duas por dano, duas por lesão corporal, uma por incentivo a uso e consumo de drogas e uma por agressão. O mais antigo, por lesão, data de 2017. Seu comparsa também tem registros policiais, são duas passagens por receptação. Além disso, contra os dois suspeitos já pesavam denúncias por tráfico de drogas na boca, um lugar chamado "Pé de Manga", fruto da disputa entre ex-namorados.