"Poeira Vermelha"

Justiça bloqueia bens de empresas e suspende mineração ilegal em Nova Lima

Polícia Federal constatou que os envolvidos levaram a União a um prejuízo superior a R$ 40 milhões

Por Gabriel Moraes
Publicado em 15 de julho de 2020 | 20:37
 
 
 
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A Polícia Federal (PF) conseguiu na Justiça o bloqueio de bens de oito pessoas e cinco empresas ligadas a atividades mineradoras ilegais, que também foram suspensas, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo o órgão, a decisão foi tomada no âmbito da operação "Poeira Vermelha - fase Taquaril", que visa combater os crimes de mineração ilegal, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Em dezembro de 2019, na fase "Caeté", a PF apreendeu provas sobre o beneficiamento do minério de ferro irregularmente extraído e equipamentos de escavação que estavam na posse dos investigados. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na capital, em Nova Lima e em Sete Lagoas, na região Central do Estado. Além disso, foram apreendidos documentos, quatro pás carregadeiras e dois caminhões caçamba.

Já nesta nova fase da operação, que teve suas investigações iniciadas em maio de 2020, constatou-se um prejuízo superior a R$ 40 milhões à União. Com as decisões judiciais prolatadas pela 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, determinou-se o bloqueio de todos os valores mantidos em contas bancárias, aplicações e fundos de previdência das oito pessoas físicas e cinco pessoas jurídicas investigadas, além da suspensão das atividades das empresas nos locais em que era realizada a extração ilegal de minério de ferro. "O limite do bloqueio é de cerca de 4,7 milhões de reais para alguns investigados e de cerca de 38,5 milhões de reais para outros", informou a PF.

Se condenados, os envolvidos poderão ser apenados com até 16 anos de prisão e multa. Suas informações pessoais e o nome das empresas não foram divulgados.

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